Segundo dados do LIRAa, seis municípios têm maior risco de infestação do mosquito que transmite a dengue, chikungunya e zika. Lixo é o principal criadouro.
Aedes Aegypti, mosquito que transmite a dengue — Foto: Reprodução/EPTV
Os casos de dengue, chikungunya e zika aumentaram cerca de 399% em 2020, com relação ao mesmo período de 2019 em Rondônia (1º de janeiro a 29 de dezembro). Segundo dados divulgados pela Agência de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) na segunda-feira (11), os objetos que servem de berçário para o mosquito podem estar em terrenos baldios, quintais, ferro-velhos e em outras áreas mal cuidadas.
Em Rondônia, os dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) apontam que seis municípios tem o maior risco de infestação do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. São eles:
- Jaru,
- Ouro Preto do Oeste,
- Alto Paraíso,
- Candeias do Jamari,
- Itapuã do Oeste e
- Cabixi.
Nestas cidades foram encontradas larvas do mosquito no lixo.
Casos confirmados:
Em 2019:
- Dengue: 659
- Chikungunya: 64
- Zika: 55
- Não houve registro de óbitos.
Em 2020:
- Dengue: 3.286
- Chikungunya: 54
- Zika: 70
- Não houve registro de óbitos.
O que é o LIRAa?
O LIRAa é um método de amostragem, com o objetivo de conhecer indicadores entomológicos de forma rápida e oportuna que observa índices de infestação predial, de densidade nos criadouros inspecionados e quais os criadouros predominantes.
Por meio deste método, descobriu-se que o lixo é o principal criadouro do Aedes Aegypti, lugar onde são facilmente encontrados latas, copos plásticos, garrafas pets, pneus, tampinhas, entres outros recipientes propícios a fêmea do mosquito depositar os ovos.
Lixo é o principal criadouro do Aedes Aegypti — Foto: Reprodução EPTV
Sintomas da dengue
- Febre alta;
- Dor de cabeça intensa;
- Manchas vermelhas;
- Dor intensa nos músculos;
- Dor nas articulações;
- Coceira leve;
- Inchaço nas articulações (raramente);
- Conjuntivite (raramente);
- Dor atrás dos olhos;
- Náuseas e vômitos;
A dengue também pode causar hemorragias, encefalopatia, choque circulatório, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural, além de poder levar a óbito.
Como evitar
- Usar tampas adequadas para manter caixas-d’água, cisternas, tonéis e outros recipientes que podem acumular água bem fechados.
- Trocar diariamente a água dos bebedouros de animais e lavá-los. Se tiver plantas aquáticas, troque a água e lave, principalmente por dentro, com escova e sabão, assim como outros utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes e baldes.
- Limpar com frequência a piscina, a laje e as calhas removendo tudo que possa impedir a passagem da água. Ficar de olho no telhado e no terraço, caso more em apartamento, para evitar o acúmulo de água.
- Usar água sanitária ou desinfetante semanalmente para manter os ralos limpos e verificar se estão entupidos. Não vai utilizá-los? Mantenha-os vedados.
- Jogar no lixo todo objeto que possa acumular água.
- Instalar a caixa do ar-condicionado de forma que não acumule água.
- Preencher as depressões em terrenos que podem se tornar possíveis poças de água parada.
- Ficar atento aos cuidados com bromélias, babosas e outras plantas que podem acumular água. É indispensável tratá-las com água sanitária na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, regando, no mínimo, duas vezes por semana.
- Deixar lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água.
- Retirar água acumulada na área de serviço, principalmente atrás da máquina de lavar roupa.
Por G1 RO — Porto Velho