Para reduzir a taxa de contaminação, o fim das aglomerações é fundamental
Na pior fase da pandemia, o município apresenta números preocupantes em relação ao novo coronavírus. Desde o início da pandemia, já foram registrados 156 óbitos de vilhenenses e 49 de pessoas de outras cidades, tendo atualmente quase 800 pessoas contaminadas na cidade. Diante disso, vereadores e a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) alertam e pedem colaboração dos vilhenenses para a redução do número de infectados pelo vírus.
De acordo com os dados oficiais do boletim da covid-19 da Prefeitura de Vilhena, divulgado na última segunda-feira, 22, cerca de 9.454 vilhenenses já foram infectados pela doença, e atualmente 782 pessoas estão com o vírus ativo no corpo. O total de vítimas fatais do novo coronavírus em Vilhena já ultrapassou 200, considerando os vilhenenses e os residentes de outras cidades.
A Secretaria Municipal de Saúde enfatiza que esta nova onda pode ser controlada se houver uma união de todos para a redução dos casos. Cuidados básicos como uso da máscara, higienização das mãos e do ambiente de trabalho, manutenção do distanciamento social e outras, podem significar a diferença entre a vida e a morte, principalmente daqueles que são mais vulneráveis à doença e acabam sendo contaminados por assintomáticos.
Na última sessão da Câmara Municipal de Vereadores os vereadores Pedrinho Sanches e Sargento Damassa pediram a conscientização da população devido a recentes situações de aglomerações.
Damassa salientou que uma festa irregular ocorrida na cidade recentemente é um exemplo do descaso de muitos com as normas de prevenação. “Em uma festa com cerca de 50 jovens, a Polícia destinou várias viaturas para dispersar os foliões. Aí eu pergunto: onde estarão estes mesmos jovens daqui a 15 dias? Podem estar lá no Hospital, pedindo leito. Em Vilhena não está fácil. A UTI está lotada, precisamos que a população se cuide. Jovens, dá para esperar um pouquinho. Se seus familiares ficarem doentes, eles podem ir para os braços do Pai, e eu tenho certeza que ninguém quer isto. Temos que tomar cuidado, mais uma vez eu peço: jovens vilhenenses, vamos pôr a mão na consciência”, disse Damassa.
Logo em seguida, o vereador Pedrinho Sanches, falou dos dilemas causados pela pandemia e reforçou sobre a dedicação individual para o combate da doença. “Estamos diante de um problema de guerra, uma guerra silenciosa. Temos que enfrentá-la de pé, cada um de nós temos que ser responsável pelo momento que estamos vivendo, vamos nos cuidar”, concluiu Pedrinho.
RECURSO – Na mesma sessão, foram aprovados dois projetos de lei que destinam R$ 3,5 milhões para a Semus. O recurso será utilizado no combate à pandemia, para a aquisição de medicamentos, oxigênio, material de proteção e segurança, pagamento dos servidores lotados na Central de Atendimento à Covid-19, além da compra de uma impressora digital, visando à ampliação do serviço de radiologia no Hospital Regional de Vilhena.
De acordo com os profissionais de Saúde da Central, cada leito de UTI ocupado custa cerca de R$ 15 mil por dia. Há 20 leitos na Central e há vários meses a UTI covid-19 apresenta índice de lotação que varia entre 80% e 100%, exigindo um grande investimento da Prefeitura de Vilhena e também esforço por parte das equipes que atendem estes pacientes graves.
Semcom