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Artigo: Pobre povo sem socorro

Por Emmanoel Gomes

Mais uma vez, os homens que manipulam o poder, produzem uma história degredada, que nos leva a reflexões que insistem a saltar aos olhos de todos os expectadores, transmitindo o caos e miséria social. A história, essa fantástica expressão humana, se repete em função da nossa incapacidade de aprendizagem e ofende aos poucos que ainda são capazes de sentir o mundo e suas mazelas.

As pessoas, mais pobres, ignorantes e desassistidas, que compõe a grande maioria neste País e Estado, são mais uma vez as grandes vítimas dos descasos e profundo desrespeito praticado pelos homens, que manipulam as cordas do poder, influenciando em nossos tristes destinos. As pessoas se acomodaram ao caos. São sempre vítimas das mesmas mentiras e covardias que parecem não ter fim. O problema que mais atinge as pessoas nesse desgraçado país de bundas e bundões é a corrupção sem limites, prática comum entre nossos políticos e demais autoridades.

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Com raras exceções, surgem alguns poucos “Joaquins Barbosas”, que com o ímpeto de fazer justiça constrói um cenário de esperança no front, porém a coisa para por aí, poucos nas esferas do poder conseguem superar a cegueira e insensatez existente. Porto Velho não está passando pelos atuais problemas em função de um rio que alagou, ele alaga mesmo! Isso é histórico e muito conhecido por todos, principalmente os mais afetados que são os ribeirinhos. Dessa vez, a coisa foi pior por conta das desastrosas interferências humanas sem as devidas precauções, estudos e planejamentos.

A calamidade pública que atinge Rondônia e todo o restante do Brasil é resultante das maldades autorizadas pela burocracia estatal. São consequências da ignorância, incompetência e muita má fé das nossas autoridades, arrogantes e estúpidas, que há muito foi infectada pela doença da corrupção, moléstia que faz parte da natureza da maior parte de nossas elites e “autoridades”. A Amazônia e as riquezas existentes neste país foram e são exploradas sem que haja o mínimo de bom senso, conhecimento e honestidade. A ganancia desenfreada e famigerada dos irresponsáveis pela pátria, sempre provocou o caos que gera genocídios e desgraças, como se vivêssemos num tipo de inferno sem fim.

O histórico de obras malditas e satânicas na Amazônia, que vilipendiam o bom senso e honestidade se reproduz sem que surja uma autoridade capaz de se posicionar com firmeza, evitando assim, as maldições que sempre cercaram esse pobre povo sem socorro. Vejam algumas obras que se encontram no rol dessa maldição sem fim.

Vamos iniciar de cima para baixo, pois as desgraçadas obras malditas são realizadas tanto de lá para cá, como de cá para lá, não posso afirmar onde a coisa é mais fétida e imoral. Dilma, presidenta nefasta, além de apoiar os mensaleiros e petistas corruptos como os envolvidos em escândalos em Porto Velho e Rondônia, ainda apoia copa do mundo, em Manaus como no restante das sedes temos um estádio e estruturas ligadas a ele que somadas, ultrapassam os limites da ética e moralidade. Construiu uma “Mega Ponte” atravessando o rio Amazonas levando, coisa alguma a lugar nenhum.  A tal ponte, custou uma cifra que, se bem investida aqui, coisa impensável diante da prática de corrupção das nossas autoridades, resolveria o problema de saúde pública em todo o estado de Rondônia.

Os nossos governos estaduais, historicamente se apresentam com a mesma irresponsabilidade, maledicência e ineficácia. Podemos listar uma infinidade de obras descabíveis, politiqueiras e desonestas. Desde um melancólico Teatro na pobre capital, com custo milionário que nunca fica pronto e outras bem conhecidas nas áreas de educação, saúde e segurança pública. O governo da “cooptação”, possui hospitais, estradas, escolas, delegacias e presídios em estado vergonhoso, podres, rotos, escangalhados, insalubres, nefastos, miseráveis, inaceitáveis!

As prefeituras seguem o mesmo rumo deploratório, vexaminoso, vicioso e emporcalhado. Porto Velho é o município campeão em mal feitos, seus viadutos apodrecendo, ruas esburacadas, lixo e hidrelétricas onde a desconfiança sobre seus atos e contratos é levantada por todos os munícipes. Porto Velho, mais parece uma sucursal dos infernos, onde os administradores são os demônios irresponsáveis, que permitiram em função das obesas propinas as realizações dos terríveis dramas, em qualquer lugar no mundo, obra pública tem por objetivo ajudar a municipalidade, em Porto Velho obra pública atenta contra a qualidade de vida dos seus cidadãos. Os idealizadores de viadutos, teatro, hidrelétricas, arborização etc. Nunca ouviram ou se incomodaram com os poucos corajosos que bradaram sobre suas malditas consequências.

Ao longo da história, podemos afirmar que essa realidade é uma triste lógica, continuidade presente desde Guapindaia, passando por Roberto Sobrinho e os demais prefeitos. De Aluísio Ferreira até o Confuso, de Don Pedro Primeiro chegando a nossa “presidenta” Dilma guerrilheira em prol de sua corja. Outras autoridades sonolentas, cooptadas e ativas atuaram com firmeza e esmero, quando a questão beneficiou suas famílias, apadrinhados e suas contas bancárias. Tivemos ao longo da nossa história a perfeita execução de uma orquestra onde os malditos acordes nos levaram ao baile insano do sofrimento, dor, abismo e morte.

Tudo foi pré-anunciado, desde a construção do Real Forte Príncipe da Beira, no período colonial 1776-1783. O pobre, imponente e gigante não deu um único tiro, não viu suas muralhas resistirem aos achaques de um exército inimigo, seu orgulho guerreiro de combatente incansável não existiu. Seu poder de combate, enfrentamento e força, nunca foram testados. Seus canhões, barulhentos, potentes e destruidores nunca intimidaram ninguém. Canhões silenciosos que foram feridos pela inutilidade. Em função de tão lamentável condição, é possível que o pobre Forte se sinta bem ao ser abandonado e esquecido por todos.

A Madeira Mamoré, outra história carregada de tristeza e engodo. Após tantas vidas abandonadas, mal tratadas e amaldiçoadas. Tanto dinheiro, tantos discursos hipócritas e falaciosos. Tantos arroubos desenvolvimentistas. Foi inaugurada num triste dia, onde a borracha despencava no mercado internacional gerando toda a sua inutilidade e abandono posterior. Os discursos minguaram, seus falastrões fincaram seus rabos entre as pernas, voltaram para os grandes centros de onde nunca deveriam ter saído. Ficaram os descendentes da dor, malária, abandono e medo. Pobres homens e mulheres da terra do nunca.

A lista é longa e podemos citar o Projeto Jari e o sonho da celulose na Amazônia. A Fordlândia seguiu o mesmo caminho, milhões de dólares serviram para gerar filhos abandonados e esquálidos nessa selva escura, distante, quente, úmida e esquecida.

Getúlio e sua Marcha para o oeste, empurraram milhares de nordestinos para o mesmo fim, até hoje os pobres homens se humilham e se contorcem e envergonham-se de tão desumano fim, o sonho do reconhecimento foi transformado em uma aposentadoria minguada e descabida que não confere dignidade ou respeito, não se coaduna com a luta e sofrimento vivido com heroísmo na mais terrível e assombrosa floresta tropical do fim do mundo.

A Transamazônica veio com o “novo discurso de emprego, desenvolvimento e soberania”. Militares intransigentes, arbitrários, ditadores da pior espécie, gastaram toneladas de dinheiro em obras que foram parar no lixo da memória historiográfica. Um ano após a chuva, as águas empurraram milhões de dólares enxurrada abaixo. Hoje, a rodovia do ufanismo desenvolvimentista dos militares, foi reivindicada pela bruta floresta tropical.

São tantos os maus exemplos, o projeto hidrelétrico de Balbina no rio Uatumã no Amazonas, e mesmo Samuel em Porto Velho são horríveis modelos a não serem seguidos, pois geraram um lago dez vezes maior que o esperado por seus sábios construtores. Samuel, hidrelétrica de pequeno porte e pequena produção de energia elétrica, alagou uma área maior que alguns países europeus. Gerou problemas ambientais que nunca serão corrigidos. Tudo resultante da famigerada política canina, que em busca do dinheiro e vantagens para atender sua insana fome não se intimidaram, Muitos se justificam relacionando as vantagens, mentirosos, manipuladores, covardes. Os projetos atenderam muito bem as expectativas das gulosas autoridades barrigudas que possuem um apetite voraz por dinheiro do pobre povo sem socorro.

Emmanoel-Gomes-ArtigosO pobre rio Madeira não é culpado, a floresta não é responsável, o solo e seus minerais não são culpados. Mesmo nosso pobre e ignorante povo não é culpado, ninguém elege ninguém desejando ser roubado, ser enganado, ser destroçado em sua ingenuidade e boa fé. Não merecemos as “autoridades” que temos. Não merecemos as condições desumanas em que vivemos. A maldita frase “todo povo tem o governo que merece” não merece ser “ecoada”, nem tão pouco fazer parte da nossa triste sina cultural. Nós definitivamente não merecemos os políticos que temos. Se pudesse dar um conselho ao pobre povo sem socorro, diria: Não vamos reeleger nenhum destes que aí está!





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