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Sargento do exército americano que residiu em Colorado é homenageado em missão humanitária em Djibout na África; Artigo do historiador Emmanoel Gomes

Georges Almeida da Silva, menino como muitos outros no estado de Rondônia e no Brasil. Brincou nas enxurradas da chuva, jogou bets nas ruas de Colorado, sofreu com a malária, sarampo, catapora.

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[dropcap]D[/dropcap]écimo quinto filho de uma família humilde. Menino que sempre sonhou em ganhar o mundo, como as Pipas quando levadas ao vento. Cresceu e logo pintou a oportunidade de se mudar para a Europa. De lá, para os EUA foi rápido. Chegou à tão desejada terra do Tio San. Um menino de Rondônia, quase um coloradense, enfrentou todas as dificuldades da terra distante e desconhecida. Em suas aventuras nunca se importou com as dificuldades, a língua, ausência de conhecidos e a terrível saudade dos familiares e amigos que se encontravam preocupados, do lado de cá. Nunca negou seu desejo de se alistar e servir ao Exército brasileiro, porém, por um daqueles fatos que somente os mistérios do universo são capazes de prever, o menino de Colorado foi rejeitado pelo Exercito em Colorado. Seguiu adiante e na primeira oportunidade se alistou nos Estados Unidos da América onde foi aceito e treinado na melhor academia de guerra do mundo! O garoto, do cone sul, logo se destacou. Iniciou uma caminhada pelo mundo em operações humanitárias. Vários países em guerra, várias missões foram cumpridas. Conheço muito de perto esse menino, cinco anos mais novo que eu, o filho do meio de uma família de quinze irmãos onde os oito primeiros faleceram antes de ver a luz. Meu IRMÃO, com todas as letras maiúsculas, alguém que aprendi a amar e respeitar profundamente. Exemplo na defesa dos valores que devem nortear todas as nossas ações.

Emmanoel-Gomes-Artigos-207x300Meu irmão foi homenageado, o guri que viveu as ruas de Colorado, Cabixi, Cerejeiras, Vilhena em fim, as ruas deste pedaço de Brasil, recebeu o diploma e medalha de honra por serviços prestados em parceria com o Exército do pequenino e desconhecido país africano Djibouti. Lá, “meu irmão herói”, ensinou inglês, compartilhou informações sobre nutrição básica, saúde familiar, reformou escolas públicas, centros comunitários etc. Este reconhecimento é merecido.

Compartilho meus sentimentos com amigos e comunidade em geral no simples e humilde objetivo de incentivar as pessoas que sonham as pessoas que acreditam. Este é um pequeno e singelo exemplo que comprova, podemos muito, podemos tudo o que sonhamos. Georges aguardo sua presença, ao lado de todos os irmãos dessa família, onde cada membro possui suas histórias ricas e adversas. O aniversário de oitenta anos da nossa Mãe, aquela que ousou, após perder seus primeiro oito filhos, ter mais sete. Nessa história você fechou a conta. Beijos.

 

 




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