Plenário contou com a presença massiva de empresários que estavam a favor da decoração
Na manhã desta terça-feira, 21, a Câmara de Vereadores de Vilhena realizou sessão extraordinária e rejeitou, por 6 votos a 4, o Projeto de Lei 6.222/2021, que destinaria R$ 1,3 milhão para a locação de decoração natalina no município. O recurso viria de sobras do erário público que ficaram em conta corrente no dia 31 de dezembro de 2020.
Receberiam a decoração as rotatórias da BR-364 e das avenidas Major Amarante e Paraná, Rua Domingo Linhares, Rua Osvaldo Cruz, Praça Ângelo Spadari, Praça Nossa Senhora Aparecida, Avenida Melvin Jones e Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes.
Empresários do comércio local acompanharam a sessão, com a expectativa do projeto seguir adiante.
Estiveram ausentes as vereadoras Clérida Alves (Avante) e Nica do Cabo João (PSC), que segundo a assessoria viajaram a Porto Velho, para participarem de reuniões oficiais já agendadas com o diretor do Detran na Central de Regulação do Estado e com os deputados Cirone Deiró, Ezequiel Neiva e Luizinho Goebel na Assembleia Legislativa de Rondônia.
Os vereadores Dhonatan Pagani (PSDB), Professora Vivian Repessold (PP), Zezinho da Diságua (PSD), Zeca da Discolândia (PSD), Pedrinho Sanches (Avante) e Sargento Damassa (PROS) votaram contra o projeto.
Em uníssono, eles preferiram que os recursos sejam destinados na Saúde e em resolver o problema dos alagamentos no município.
Os vereadores Samir Ali (Podemos), Wilson Tabalipa (PV), Ademir Alves (DEM) e Zé Duda (PSB) votaram a favor do projeto. Apesar votar só em caso de empate, o presidente Ronildo Macedo (PV) se posicionou a favor da decoração natalina, segundo ele o gasto iria triplicar o seu valor na arrecadação.
Os vereadores que votaram a favor argumentaram que a decoração fomentaria o turismo, aumentaria a arrecadação municipal e geraria emprego e renda na cidade.
Posicionamento da Prefeitura
Segundo a assessoria da Prefeitura de Vilhena todas as áreas citadas na sessão como deficitárias e que merecem mais atenção que a decoração, já têm recursos destinados ou licitações em andamento. Portanto, não há prejuízo nenhum para Saúde, Infraestrutura ou qualquer outra área em se investir no lazer, entretenimento, urbanismo, turismo e comércio na cidade.
Para valer a pena o projeto, as empresas da cidade precisariam vender apenas R$ 8,3 a mais por dia, durante 30 dias através da decoração.
São cerca de 6 mil empresas na cidade, se cada uma vendesse no período de 30 dias R$ 250 a mais por causa da decoração, seriam R$ 1,5 milhão em vendas no comércio, distribuindo em 30 dias daria R$ 8,3 por dia, por empresa.
Da redação do Rondônia em Pauta
