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Universitário perde mãe e avô no dia do aniversário dele em acidente que matou 13 pessoas em MT

Geraldo Aparecido Fernandes e a filha Elenice Fernandes de Souza morreram no acidente — Foto: Arquivo pessoal/Mateus Fernandes de Souza

Geraldo Aparecido Fernandes, de 85 anos, e a filha dele Elenice Fernandes de Souza, de 45, estavam em van que transportava pacientes para hemodiálise, em Rondônia. Veículo se chocou de frente com SW4.

O estudante Mateus Fernandes de Souza, de 24 anos, perdeu a mãe e o avô no dia do aniversário dele, em um acidente que matou 13 pessoas, no sábado (30), na BR-174, em Comodoro, a 677 km de Cuiabá. O avô dele Geraldo Aparecido Fernandes e a mãe dele, Elenice Fernandes de Souza, estavam em uma van que transportava pacientes para Rondônia e se chocou de frente com uma caminhonete.

Mateus cursa agronomia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no campus de Cuiabá, e, no sábado, chegou pela manhã em Comodoro para comemorar a data junto com a família. Quando chegou na casa dos pais, a prima dele ligou perguntando se ele sabia do acidente.

“Quando eu cheguei a minha prima perguntou se eu sabia do ocorrido. Eu achava que fosse especulação e a esposa do meu tio chegou desesperada falando do acidente e que não sabia se tinha sobreviventes e ficamos desesperados”, contou.

No acidente morreram 11 pessoas da van e duas da caminhonete. Duas vítimas sobreviveram.

Geraldo tinha 85 anos e era aposentado. Ele morava em um sítio e todas as terças, quintas e sábados ia para Vilhena (RO) para hemodiálise. O avô fazia o tratamento há mais ou menos um ano.

Normalmente, ele fazia esse trajeto acompanhado da neta, que é irmã de Mateus, ou de outra filha dele, mas desta vez, Elenice, de 45 anos, foi quem o acompanhou.

De acordo com Mateus, a van saía de Comodoro, por volta de 4h50 para chegar em Vilhena.

Geraldo morava em um sítio em Comodoro e viajava para fazer hemodiálise três vezes por semana — Foto: Arquivo pessoaL/Mateus Fernandes de Souza

De acordo com Mateus, a família ficou na casa do avô esperando mais notícias e ele pediu que o primo dele o levasse até o local do acidente.

No local, ele encontrou outro motorista da Secretaria de Saúde de Comodoro, que costuma dirigir a van, o qual contou a ele que a mãe e avô dele não haviam sobrevivido.

“Foi impactante, algo que a gente não espera, todo mundo ficou muito abalado”, disse.

Mateus Fernandes de Souza e a mãe — Foto: Arquivo pessoal/Mateus Fernandes de Souza

De acordo com o estudante, a família dele é muito conhecida por morar há anos na região.

“O velório foi muito triste porque como meu avô morava em um sítio, todo mundo o conhecia. O velório foi na igreja que a gente frequentava. Ele era um dos cuidadores da igreja. Foi muito triste, eles eram muito queridos, muita gente foi e, como a minha mãe era professora, eles eram muito queridos por todos”, disse.

Elenice deixou o marido e quatro filhos. Além de Mateus, ela tinha uma filha de 20 anos, um de 13 e outro de 10. Os pais do estudante eram casados há 24 anos.

O acidente

O acidente entre uma van e uma caminhonete SW4 na BR-174, deixou 13 mortos. Os dois veículos bateram de frente. A caminhonete invadiu a pista contrária e atingiu a van que transportava pacientes do município para fazer hemodiálise em Vilhena (RO), segundo análise preliminar. A perícia ainda deve emitir um laudo informando as causas do acidente.

Dos mortos, 8 eram pacientes, dois acompanhantes e o motorista do veículo e seguiam de van para Vilhena e duas pessoas que estavam na SW4.

A van é da Secretaria de Saúde de Comodoro que fazia o transporte de pacientes da região para tratamento de hemodiálise.

A caminhonete seguia de Ariquemes (RO) para Curitiba (PR).

Os mortos foram veladas em uma cerimônia coletiva e enterrados neste domingo (31). O velório de seis vítimas foi realizado na paróquia da cidade. Outras duas que são de Comodoro foram veladas em outras comunidades.

Por Caroline Mesquita, g1 MT




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