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Morre em Porto Velho idosa que demorou para conseguir tratamento contra câncer por não ter documentos

Informação foi confirmada ao g1 pela advogada da família. Familiares tentam fazer com que Santana não seja enterrada como indigente.

Morreu na segunda-feira (13) Santana Coelho, a idosa que não conseguiu iniciar tratamento para câncer no útero, em Porto Velho, por não possuir documentos. A informação foi confirmada ao g1 pela advogada da família nesta terça-feira (14).

Segundo a advogada Alana Assunção, quando Santana finalmente conseguiu uma vaga no Hospital de Amor, no início do mês, sua saúde já estava muito debilitada.

“Não conseguiram nem iniciar o tratamento dela porque ela morreria de imediato”, disse.

No último dia 3 de junho, o Hospital de Amor informou que Santana estava internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não deu detalhes sobre seu estado de saúde. O g1 procurou o hospital novamente nesta terça-feira (14), para obter resposta sobre os procedimentos médicos, mas ainda não obteve resposta.

Busca por um enterro e velório

Depois do falecimento de Santana, a família enfrenta um novo drama. Como ela ainda não possui documentos, eles buscam autorização para velar o corpo e não enterrá-la como indigente.

A advogada informou que fez um pedido de liberação ao Instituto Médico Legal (IML) e aguarda uma resposta. Enquanto isso, a família diz que não consegue processar o luto

“Hoje na delegacia, a filha dela teve queda de pressão, passou mal e quase desmaiou. A mãe dela morreu ontem a noite e ela não consegue viver o luto porque, desde ontem a noite, está tentando fazer com que a mãe dela não seja enterrada como indigente”, comentou Alana.

Além disso, caso consigam a permissão para velar e enterrar o corpo de Santana, a família não tem condições financeiras de arcar com as despesas da cerimônia e tenta arrecadar um valor através das redes sociais.

Alana relata que tentou contato com Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Porto Velho para solicitar que o Município arcasse com a despesa, mas teve o pedido negado porque Santana não é residente da capital.

O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Porto Velho e o IML, mas não recebeu resposta até a última atualização desta matéria.

Por Jaíne Quele Cruz, g1 RO





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