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Enquanto alguns falam de mortes e acidentes, quero falar de algo mais belo, bom e grandioso

O espírito das pessoas depende do banho dado em sua alma. Assim como o corpo que não toma banho passa a exalar mau cheiro, uma alma não banhada pelos artefatos da cultura da qual faz parte, tende a ficar encardida da mesmice de ideias.

A religião é importantíssima no que diz e isso quase do mundo sabe. A Escola também, afinal é nela que se formam os espíritos inteligentes e preparados para o bom convívio social. Mas, inegavelmente, é das artes que o homem extrai boa parte da seiva cultural que nutre seu modo de ver e sentir o mundo.

Entre as artes a Música se destaca. A sensibilidade humana sempre esteve nela presente. Desde as marchas de guerra, os hinos nacionais sempre prontos a elevar o moral das tropas, a despertar o patriotismo, as músicas românticas, cuja feitura pretende despertar os mais nobres sentimentos. A música pode ser definida como a bela arte dos sons.

Pois não é que ela esteve novamente entre nós, no mais alto sentido de sua força e beleza? Eis que nos dias 19 e 20 Vilhena foi novamente agraciada com a apresentação da sempre mais afinada OSV. A regência coube ao Maestro Israel Menezes, do Rio de Janeiro.

Diferente das outras vezes, na apresentação do dia 20, domingo próximo passado, recebíamos na entrada do auditório do Hotel Mirage, um papel apresentando rapidamente o currículo do Maestro, no qual se lê: “ISRAEL MENEZES, Bacharel em Regência e Mestrado pela UFRJ, onde foi professor substituto por 4 anos. Fez cursos de extensão em regência na Inglaterra. Teve como professor principal no Brasil, Roberto Duarte, de quem foi por 9 anos assistente, e na Inglaterra, Noel Long e Andrew Charity. Tem atuado como Maestro convidado em  diversas orquestras do Brasil e no exterior, levando a música clássica de origem brasileira ao redor do mundo. É fundador e regente da Orquestra Camerata CSPV de Niterói – RJ. É membro titular da Academia Nacional de Música e em julho de 2011 foi laureado em São Paulo pela Associação Brasileira de Artes, Cultura e Educação com a “Comenda Carlos Gomes”.

A qualidade do trabalho dos Maestros Paulo Pires, e particularmente do Maestro Ronis Salustinano, permite que hoje Nossa Cidade possa ser agraciada com eventos dessa envergadura. Pelo que entendi do site, desde 2001 o Maestro Ronis Salustiano  e os músicos cuidam da Orquestra. Quer saber mais? http://orquestramunicipalvha.webnode.com.br/

O Maestro Israel Menezes também inovou na apresentação, permitindo que a audiência participasse da execução de duas músicas: “Con te partirò” de Francesco Sartori e Lucio Quarantotto, na execução da qual foi possível aos presentes cantarolar trechos regidos pelo Maestro. Noutra, de Johann Strauss, “Radetzky March”, as palmas do público acompanhavam o ritmo da orquestra, guiados pela mão do Maestro Israel, como já o fazia o inesquecível Herbert Von Karajan nos palcos europeus.

Didático, o Sr. Israel introduzia cada música contando aspectos da sua composição ou da história da mesma.

É claro que a Cidade de  Vilhena tem recebido músicos famosos. Sem dúvida a música se faz presente em Shows e Parques de Exposição. Mas ter na própria cidade uma Orquestra Sinfônica não é para qualquer uma. A música clássica é mais do que meros sons articulados por instrumentos e vozes. É a história do homem civilizado, como de algum modo transpareceu nas breves exposições feitas pelo Maestro Israel Menezes, a respeito das peças apresentadas.

Quem sabe não tenhamos daqui algum tempo um curso superior em Artes, com ênfase em música?!

Como o evento era excelente e gratuito, cabe destacar aqui os patrocinadores. No papel entregue na entrada consta o patrocínio do Hotel Mirage, do The Old Road Band Vilhena – RO, D&B Informática, do Senac, SICOOB, Panificadora e Confeitaria Delícia, da Fundação Cultural de Vilhena e da Prefeitura Municipal. Empresas e instituições que colocam seus nomes em empreendimentos como os da Orquestra Sinfônica de Vilhena só podem ser cada vez mais bem vistos por nós todos.

Ivanor-ArtigosQuanto ao pedido tímido de contribuição financeira (quem quisesse poderia contribuir depositando em uma caixinha quase escondida na entrada), é preciso dizer que a Orquestra não precisa ficar encabulada com o pedido. Peçam mais. Em outubro quando está prevista nova apresentação, levaremos numerários para contribuir, com a certeza que, ao ouvi-los ganhamos muito mais do que damos. Sugiro inclusive que o site da Orquestra apresente uma conta para depósito. Por que não? É mais que hora de Vilhena ajudar mais os que a tornam melhor. Mas acho que estou sendo muito atrevido, dando sugestões que vão além do que era o objetivo inicial deste artigo: dizer Muito Obrigado pela apresentação de Vocês. O concerto banhou nossa alma com o que há de mais belo, bom e grandioso, em forma de sons.




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