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“Enfermagem na rua, Barroso a culpa é sua”; profissionais da enfermagem intensificam manifestações em Vilhena

Eles foram às ruas da cidade contra decisão do ministro do STF

Na manhã desta sexta-feira (9), profissionais da Saúde, representantes da categoria da Enfermagem fizeram manifestação em frente ao Hospital Regional e no semáforo da Av. Jô Sato, em uma maratona que começou na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Vilhena do dia 6 de setembro, e no dia seguinte, na Casa Rondon, onde foi comemorado o Bicentenário da Independência do Brasil.

Munidos de cartazes, eles reivindicaram que não seja acatada a decisão do STF aos gritos de “Enfermagem na rua, Barroso a culpa é sua”. O foco da manifestação é o Cone Sul de Rondônia e outros grupos já estão se organizando para realizar protestos por todo o Estado.

O presidente da Câmara de Vereadores de Vilhena, Samir Ali (Podemos), acompanhou o protesto desta manhã. Também houve a adesão do Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul de Rondônia (Sindsul).

Sensível às demandas da categoria, o vereador Wilson Tabalipa apresentou, no dia 26 de agosto, uma indicação ao Executivo Municipal para que seja feito um estudo, análise e possível adequação orçamento, para o cumprimento da Lei 14.434/2022 que dispões sobre o Piso Salarial da Enfermagem, dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem.

A suspensão

No domingo, 4 de setembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso suspendeu, por meio de uma liminar, a lei que definiu o piso nacional para as categorias de enfermagem. Ele quer que as entidades e instituições públicas e privadas de saúde se manifestem no período de 60 dias sobre o impacto financeiro do piso, além de suposto risco de demissões e de redução na qualidade dos serviços por conta da medida.

Essas alegações foram feitas pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços, a CNSaúde, ao ingressar com uma ação no STF questionando a constitucionalidade da lei que criou o piso para as categorias de enfermagem. O texto sancionado no dia 4 de agosto estabeleceu piso salarial de R$ 4.750 para os enfermeiros – além de 70% desse valor pra os técnicos de enfermagem e de 50% para auxiliares de enfermagem e parteiras.

O ministro Barroso decidiu suspender o piso por considerar que há risco concreto de piora na prestação dos serviços de saúde. Ele admitiu que os profissionais de enfermagem merecem reconhecimento, mas considerou que “é preciso estar atento aos eventuais impactos negativos” dos pisos salariais.

Apesar de já estar valendo, a decisão deve ser analisada nos próximos dias pelo plenário virtual do Supremo, já que foi uma deliberação monocrática do ministro Barroso. A suspensão do piso da enfermagem deve passar por uma nova avaliação ao fim do prazo de 60 dias para que as entidades se manifestem.

Da redação do Rondônia em Pauta




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