Fazendeiros da região entraram com um pedido na Funai para ter direito à área, que teria sido comprada por eles em leilão na década de 1970.
Foi enterrado nesta sexta-feira (4) o corpo do indígena que se tornou conhecido como o “Índio do Buraco”. A cerimônia foi conduzida pelo indígena Purá, do povo Kanoé, que vive na mesma região, no sul de Rondônia, na presença de funcionários da Funai.
Os indígenas seguiram os rituais e tradições mais comuns entre os povos da região e o último Tanaru foi sepultado na palhoça onde morreu.
O corpo foi encontrado no local há mais de dois meses, no dia 23 de agosto, e só foi enterrado nesta sexta por uma decisão da Justiça Federal de Rondônia, que atendeu a um pedido do Ministério Público Federal.
O Ministério Público Federal recomendou à Funai que adote medidas para preservar o local como terra indígena, em memória do povo Tanaru, e se for necessário, pode entrar com uma ação na Justiça.
“A terra que é indígena pertence à União, com o direito de posse e usufruto aos povos indígenas. Não há mudança dessa natureza pelo fato de o Índio do Buraco ter falecido. Ela permanece como terra da União e terra indígena”, diz o procurador Daniel Luís Dalberto, do MPF- RO.
Por Jornal Nacional