A audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, foi uma solicitação feita pelo Deputado Alan Queiroz ainda no início deste ano ao Deputado Federal Maurício Carvalho, que reuniu a bancada federal para discutir sobre a construção da ponte binacional Brasil-Bolívia.
A construção da ponte traz inúmeros benefícios a ambos os países, como por exemplo, a escoação de insumos para a produção rural e pecuária.
De acordo com Alan Queiroz, Rondônia possui em abundância um insumo que é de muita importância para o preparo da terra, que é o Calcário.
O Calcário é um importante corretivo de solo utilizado na preparação do solo para o cultivo de plantas. E a Bolívia precisa do Calcário para a produção rural.
Já a Bolívia é rica em Ureia, insumo utilizado no consumo da ração animal. Este insumo é uma fonte de nitrogênio, um nutriente essencial para o crescimento e desenvolvimento dos animais.
Além disso, a Ureia é uma forma de suplementação proteica que pode ser utilizada na alimentação de ruminantes, como bovinos e ovinos, por exemplo.
O que acaba sendo importante para a pecuária de Rondônia, já que o Estado é um dos grandes exportadores de carne, tendo como cliente a China, por exemplo.
Segundo Fabrício Galvão – Diretor-Geral Substituto do DNIT, em representatividade ao Ministério dos Transportes, para a construção, são necessárias três etapas importantes:
1. Realizar a atualização do projeto:
– Para que seja realizado, é necessário atualizar a planilha orçamentária (prevista em 300 milhões), as fontes de materiais e a reavaliação das condições locais.
2. Inclusão da Obra no PAC:
– Visando celeridade no processo, financiamento e conclusão de maneira ininterrupta, o projeto precisa ser incluído no Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal, para que possam abrir uma ação orçamentária e o recurso seja incluído na Lei Orçamentária Anual de 2024 (LOA/24).
3. Licitação e Contratação:
– Após ter a garantia do recurso, o projeto poderá ser licitado e a empresa detentora do contrato poderá dar início às atividades, tornando esse sonho cada vez mais real.
A previsão para o início das obras, caso o projeto siga seu curso natural, é para 2024, e levará aproximadamente 30 meses para ser concluído. A ponte terá 12 km de extensão, possuindo um vão estaiado no seu centro para que embarcações possam navegar sem complicações.
“Não é um projeto fácil e uma obra dessa complexidade exige muito do nosso Governo Federal, do nosso Governo Estadual, da nossa Bancada Federal e Estadual, mas é um projeto que mudará o curso de Rondônia e colocará nosso estado no centro comercial da Bolívia, do Peru e do Chile, além de facilitar o escoamento de nossas produções pelo Oceano Pacífico”. Disse Alan Queiroz.
Por Assessoria