O curso é voltado para graduados que se interessem por pesquisas na área da Comunicação, não sendo exclusivos para estudantes formados neste campo do conhecimento. A intenção é que o curso funcione a partir de 2024, com edital sendo publicado, se possível, ainda em 2023. A previsão é que a primeira turma receba até 12 estudantes de diversas áreas.
A seleção será realizada por uma comissão específica, que vai avaliar os candidatos em três etapas: (1) Avaliação do projeto de pesquisa, de caráter eliminatório; (2) Prova escrita de conhecimentos científicos em língua portuguesa, sobre o campo da Comunicação, de caráter eliminatório; (3) Entrevista a partir do projeto de pesquisa e do currículo Lattes, de caráter classificatório.
O mestrado em Comunicação preenche uma lacuna que existia na região, pois não é apenas o primeiro curso deste nível em Rondônia, mas também porque o mais próximo ficava em Cuiabá, há mais de mil quilômetros de distância. A maior parte das sedes das redes de comunicação de Rondônia está em Porto Velho, capital do estado, e agora os profissionais da área poderão se aperfeiçoar ainda mais.
“Esse desejo de qualificar a comunicação em Rondônia, a partir da qualificação dos profissionais, moveu também o curso de Jornalismo de Vilhena para Porto Velho. Esse sempre foi nosso foco, crescer e melhorar cada vez mais, oferecendo o que de melhor temos para a comunidade rondoniense”, afirmou o coordenador da proposta, o professor doutor Allysson Martins.
A principal missão do mestrado em Comunicação da UNIR é formar e qualificar profissionais que atuam em meios de comunicação e demais organizações públicas e privadas para que estejam aptos à reflexão e à ação nos mais diversos contextos comunicacionais da Amazônia Sul-Ocidental brasileira. Isso deve ser feito a partir da pesquisa focada nos processos e subjetividades concernentes às nossas diversas realidades, levando-as em conta na prática cotidiana a fim de transformá-las.
Linhas de pesquisa –Com o objetivo de contribuir com a produção de conhecimentos e com a formação de agentes críticos aptos a intervir e refletir sobre os processos de comunicação da região, articulando contextos globais e locais, o curso possui duas linhas de pesquisa aos quais os professores estão vinculados e os estudantes devem ingressar. A primeira linha trata dos “Processos Regionais de Comunicação”, enquanto a segunda foca nos “Sujeitos Comunicacionais”.
A primeira linha se concentra em discussões de cunho teórico e metodológico acerca das práticas interacionais e das produção de sentido, especialmente considerando as populações amazônidas e as suas mais diversas composições. As pesquisas aqui investigam a produção de discursos, imagens e narrativas decorrentes de diferentes contextos comunicacionais e midiáticos, em intersecção entre disputas de poder engendradas pelas transformações sócio- local, regional e global. Os professores da linha “Processos Regionais de Comunicação” são Allysson Martins, Carlos Trubiliano, Edson Modesto, Rafael Martins e Sandro Colferai.
Já a linha “Sujeitos Comunicacionais” enfatiza estudos que interpretam os processos de subjetivação, a dimensão identitária e representativa dos sujeitos culturais e das suas diferenças no campo comunicacional. As pesquisas compreende como sujeitos comunicacionais as mais diversas formas de vida, pessoas, grupos, instituições e organizações, vinculados às práticas, às narrativas e aos discursos de povos indígenas, comunidades quilombolas, mulheres, pessoas negras, LGBTQIAP+ e sujeitos implicados nos conflitos socioambientais. Os docentes desta linha são Emerson Pessoa, Evelyn Conde, Francisco Mendonça Junior, Juliano Araújo, Rodrigo Casteleira e SamiloTakara.
Interdisciplinaridade – Esse corpo docente com 11 professores é formado por doutores de diversas áreas, com 7 deles atuando prioritariamente na graduação de Jornalismo, vinculado ao Departamento de Comunicação. A formação diversa permite um diálogo com outras áreas e campos do conhecimento científico, como Cinema, Ciências Sociais, Educação, Letras, História, Ciência da Informação, entre outras.
O mestrado em Comunicação possui uma relevante integração com a graduação, sobretudo com o curso de Jornalismo, ao qual a maior parte dos docentes está vinculado. A relação pode acontecer, por exemplo, em disciplinas optativas que possuem ementas livres para o professores aprimorarem os trabalhos realizados na pesquisa ou ainda explorar novos caminhos teóricos em que estejam se debruçando, permitindo que o estudante de graduação se mantenha diretamente em contato com o conhecimento científico mais qualificado.
Para funcionarem, os mestrados precisam ser aprovados pelo Ministério da Educação do Brasil via sua Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a Capes. E foi esta aprovação que a UNIR recebeu para o mestrado em Comunicação, necessitando agora apenas realizar os trâmites internos. O curso passa a compor o rol de mais de 20 cursos pós-graduações stricto sensu da UNIR, sendo o primeiro do estado de Rondônia nesta área.
Fonte: Unir