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Azul foi processada 15 mil vezes em Rondônia em um ano e meio

Empresa anunciou redução de voos em Rondônia em decorrência de ações judiciais. Balanço mostra que mais de 5 mil processos contra a empresa foram abertos de janeiro a junho deste ano.

Avião da Embraer E-195, da Azul — Foto: Divulgação/Embraer

Em um intervalo de um ano e meio, a Azul Linhas Aéreas sofreu 15 mil processos judiciais em Rondônia. É o que revela um balanço obtido com exclusividade pela Rede Amazônica nesta quarta-feira (19), um dia depois da companhia anunciar a redução de voos no estado alegando alto índice de processos judiciais.

De acordo com levantamento feito por leitura dos processos ingressados na Justiça Estadual, entre 1° de janeiro do ano passado e 15 de junho deste ano foram abertas 24.811 ações contra três empresas do transporte aéreo (Azul, Gol e Tam). Deste total, 15.514 foram contra a Azul, correspondendo a 62% dos processos.

Os números também mostram que dos 15 mil processos sofridos pela Azul, em 7% deles a pessoa que entrou com a ação, ganhou. Outros 10% dos processos foram julgados improcedentes, ou seja, o autor perdeu a causa.

Ainda segundo o balanço, em 35% das ações o judiciário aprovou o acordo feito pelas partes do processo.

Situação em 2023

Os dados também revelam que dos 15 mil casos na Justiça de Rondônia, 5.119 processos contra a Azul foram movidos apenas de janeiro a junho deste ano, sendo a maioria deles na Comarca de Porto Velho (veja no gráfico abaixo).

Das 5.119 ações contra a Azul nos cinco primeiros meses do ano:

  • mais de 3,5 mil foram por cancelamento de voos;
  • cerca de 1,5 mil são por atrasos;
  • e quase 1 mil casos são pedidos de indenização por dano moral;

O balanço obtido pela reportagem também mostra que a Azul transportou 11.808 passageiros, de janeiro a meados de junho, sendo a companhia líder no transporte aéreo no estado, com 48 voos semanais.

Anúncio de redução

No início desta semana, a Azul informou que reduziu o número de voos oferecidos pela companhia aérea no estado.

Ao g1, a empresa afirmou que as recentes adequações surgiram pelo aumento do custo operacional na região, motivado pelos processos judiciais.

Não existe uma previsão para que a rota aeroviária seja estabelecida e a companhia afirmou que busca soluções para minimizar possíveis impactos aos clientes.

Foram retirados novos voos de Vilhena e Cacoal para Cuiabá e de Porto Velho também para a capital de Mato Grosso.

Por g1 e Rede Amazônica





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