“Quero ver quem vai queimar a língua e quem foi mau gestor”, desafiou o vereador
O vereador e ex-prefeito Ronildo Macedo (Podemos) fez uso da tribuna da Casa de Leis na sessão da terça-feira (1º) para fazer um duro pronunciamento criticando a gestão do seu correligionário, o prefeito Delegado Flori (Podemos), sobre como está fazendo uso da verba pública.
Ronildo tocou no assunto após mencionar o pagamento da complementação do piso salarial a apenas alguns servidores do magistério.
Confira o discurso:
“Infelizmente o nosso prefeito está tratando os nossos educadores, que foi onde formou a profissão dele, com muito descaso. Com mais de 300 educadores aqui [no auditório da Câmara], ele andou chamando umas três, ou quatro, de “sem educação”. Ele simplesmente não está dando atenção. Porque se eu tenho uma dívida, se eu não posso pagar, eu vou pelo menos falar o porquê que eu não consegui pagar a dívida. Então, é uma dívida sim do município, que tem que ser cumprida, e eu acredito que Vilhena tem que buscar buscar um mecanismo para se pagar. (…) A classe D infelizmente também está sendo ignorada, uma classe que já vem anos lutando para conseguir seus benefícios.”
“A Chavantes está aí rasgando dinheiro. Não sei o porquê gastando tanto dinheiro na Saúde e a nossa Educação sendo afastada do primeiro plano do prefeito.
“Não acho justo, eu acho que a educação é o início de tudo, é o início de qualquer profissão, inclusive ele é delegado delegado da Polícia Federal com o salário muito bom. Mérito dele também porque estudou. Então eu acho que tem que dar mais atenção, tem que conversar e tem que saber entender qual que é a realidade. Não ir para reportagem, jogar a população contra os professores. Falando que professor ganha tanto, que professor ganha tanto. Infelizmente é mais uma ação indevida do prefeito (…).
“Sou favorável à Classe D e à Educação, se não tem como pagar, tem que explicar o porquê que não está sendo pago. E infelizmente a gente não está vendo isso do Executivo.”
“Nosso Executivo que me criticou muito no ano passado. Com seis meses de gestão chegamos lá, vereadora [Vivian]. Tinha o retroativo da Educação para ser pago, tinha o plano de carreira dos Médicos aprovado que ia dar o impacto, e simplesmente, ele foi infeliz no final do ano. Chegar e falar que a gestão gastou muito, que a gestão não tinha controle de nada e infelizmente a gente está vendo uma gestão futura aí, que está indo de morro abaixo.”
“A gente sabe que praticamente já gastou todo o orçamento do ano inteiro da Saúde, que era R$ 116 milhões. Já se gastou até o mês de julho. Eu sei que vereadores foram conversar com ele, falou que era história, que realmente isso nunca foi falado que a gente deixou lá R$ 75 milhões de superávit. E isso não se tocava no assunto”.
“Até inclusive, eu vi falando também não posso provar isso, que falaram que acharam num fundo lá. Então é totalmente descabido. Esse dinheiro já está indo por água abaixo também. As outras secretarias, a gente sabe que o Orçamento já está indo por água abaixo também. Então acho que prefeito tem que ser responsável de cuidar para não faltar o dinheiro, do salário do final do ano, dos nossos funcionários públicos“.
“E aí eu quero ver quem vai a língua e quem foi o mau gestor. Porque se faltar o dinheiro para o final do ano para pagar o nossos funcionários, aí ele tem que pegar, só a bolsa que ele tem né, porque ele não tem nada em Vilhena. Ele não construiu nada em Vilhena. Chegou aqui prendeu prendeu uma meia dúzia de político e disse que ia resolver o problema do nosso município. Então agora ele tem que resolver, tem que provar o pra quê é que veio aqui. Se ele não dá conta ele pega a bolsa dele, pede transferência na Polícia Federal e vai trabalhar em outro lugar (…),” finalizou Ronildo.
Assista ao vídeo do discurso:
Da redação do Rondônia em Pauta