Operação Mapinguari foi iniciada no dia 14 de agosto para retirar os invasores que utilizam o parque para criação de gado, desmatamento e outros crimes ambientais.
Agentes que integram a Operação Mapinguari encontraram uma área degradada equivalente a mais de cinco mil campos de futebol no Parque Estadual Guajará-Mirim, segundo o Ministério Público de Rondônia (MP-RO). As multas e indenizações solicitadas por crimes ambientais flagrados durante a ação já somam R$ 140 milhões.
A Operação Mapinguari foi iniciada no dia 14 de agosto e tinha previsão para ser encerrada no início de setembro. O objetivo da ação é retirar os invasores que utilizam o parque para criação de gado, desmatamento e outros crimes ambientais. No fim do último mês, as forças de segurança decidiram prorrogar a desocupação da área por mais seis meses.
Balanço
De acordo com o relatório apresentado pelo MP-RO, quase 2 mil cabeças de gado foram retiradas pelos invasores antes da chegada da força policial. Outros 252 animais foram apreendidos e devem ser leiloados. O valor arrecadado com a venda será aplicado em medidas de proteção e preservação do parque, segundo o órgão.
Foram apreendidas também seis armas de fogo e um maquinário. Além disso, cinco veículos foram recuperados, sendo um carro e quatro motocicletas.
Barracos destruídos na Operação Mapinguari — Foto: Silas Paixão/Ministério Público de Rondônia
Autos de Infrações
Os autos de infração feitos pela Agência Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron) somam, até o início de setembro, o montante de R$ 976 mil em multas. Já as autuações feitas pelo Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) equivalem a R$ 35 milhões, em razão de 3.184 hectares de áreas autuadas.
A área degradada pelos invasores é de 5.620 hectares, equivalente a 5.550 campos de futebol.
Somando todas as medidas administrativas e judiciais adotadas até o momento, o valor em multas e indenizações é de R$ 140 milhões.
Área degradada no Parque Estadual Guajará-Mirim — Foto: Silas Paixão/Ministério Público de Rondônia
Por G1/RO