Disputa por pontos de venda de drogas levou a um racha entre os faccionados.
Na noite de sexta-feira, 3 de novembro, uma operação conjunta envolvendo a guarnição da Patrulha Reforço e o Núcleo de Inteligência (NI) da Polícia Militar resultou na prisão de cinco suspeitos e na apreensão de um grande arsenal de armas de grosso calibre em Vilhena. A ação policial impediu uma possível onda de assassinatos decorrente de um racha entre membros da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na cidade.
A operação teve início após o homicídio de Alex Alves, ocorrido no dia 26 de outubro em uma distribuidora de bebidas no bairro Jardim Primavera. Os investigadores do NI receberam informações de que um grupo de criminosos faccionados do PCC estaria em Vilhena com a intenção de cometer homicídios. O motivo por trás desses planos seria uma disputa por pontos de venda de drogas, que teria levado a um racha entre os faccionados.
Os informantes do NI indicaram que os autores do assassinato de Alex Alves eram dois homens identificados pelas iniciais F.R.O.A. e I.G.B. Durante o crime, eles receberam apoio de E.G.S. e outros cúmplices, utilizando um carro de cor branca na fuga e para transportar armas.
Os investigadores passaram a monitorar um imóvel na Rua Pernambuco, no bairro Industrial Parque Novo Tempo, onde os suspeitos estavam reunidos, supostamente planejando novos assassinatos. Um carro Hyundai HB20 branco com placa de Belo Horizonte e uma motocicleta Honda CG 150 Titan vermelha com placa de Vilhena foram vistos chegando ao local. Os veículos seguiram para a Avenida Mato Grosso, no bairro Embratel, onde entraram em contato com outro suspeito identificado pelas iniciais M.S.V., antes de se dirigirem ao bairro Vila Operária, onde planejavam um possível homicídio.
Os investigadores do NI perceberam que os suspeitos estavam prestes a cometer um crime e, com base nisso, acionaram as guarnições de serviço para intervir. Os suspeitos, no entanto, perceberam que estavam sendo observados e tentaram escapar. Eles mudaram de rota e seguiram para a Rua 316, retornando em outra formação.
A guarnição da Patrulha Reforço conseguiu interceptar o veículo no cruzamento da Avenida Armênio Gasparian com a Avenida Alípio Ernesto Graebin. Durante a abordagem, foram encontrados indícios de atividade criminosa. E.G.S., o condutor, escondeu algo no porta-luvas, e uma busca pessoal revelou que ele estava carregando um carregador de pistola .40 com sete munições intactas e R$ 87,00 em dinheiro. Além disso, foi constatado que E.G.S. estava usando uma tornozeleira eletrônica, que estava desligada.
I.G.B., o passageiro do veículo, tinha em seu poder um relógio e uma pulseira dourados, bem como uma carteira porta cédulas contendo seu RG e R$ 50,00 em dinheiro. Os suspeitos não conseguiram explicar o motivo de tentar fugir da abordagem policial e a origem do carregador de arma de fogo.
Dentro do veículo, os policiais encontraram um celular Samsung azul e um Motorola preto no banco do passageiro. Além disso, no porta-luvas, foi localizada uma pistola Taurus PT 100 calibre .40, carregada com nove cartuchos no carregador e um na câmara, pronta para uso. A numeração da arma estava suprimida e posteriormente modificada, tornando-a ilegal.
Durante a operação, os policiais também apreenderam uma motocicleta Honda Bros 160 preta, que tinha registro de roubos/furtos, nove munições calibre .40 e 13 munições calibre 9mm, todas intactas. Além disso, encontraram um revólver calibre 38 da marca Taurus carregado com cinco munições intactas, dois carregadores de pistola calibre .380, uma pistola Taurus G2C calibre 9mm carregada e outro carregador sobressalente com cinco munições.
Todos os envolvidos na operação foram detidos e encaminhados à delegacia de Polícia Civil para as devidas providências. A ação policial eficaz da Patrulha Reforço e do Núcleo de Inteligência da Polícia Militar de Vilhena evitou potenciais tragédias e contribuiu para a segurança da população.
Por RO em Pauta