Casal faleceu durante a pandemia da Covid-19.
Na sessão ordinária realizada nesta terça-feira, 20, os vereadores de Vilhena aprovaram por unanimidade o Projeto de Lei 6.990/2024, de autoria do vereador Wilson Tabalipa, que renomeia a Rua 736, situada entre as Ruas Ermelino Batalha e Walisson Júnior Arrigo, nos Setores 07A e 15, para Rua Francisco Tomé e Maria Julieta. A homenagem é dedicada ao casal Francisco Tomé dos Santos e Maria Julieta do Nascimento Santos, que faleceu durante a pandemia de Covid-19.
Os familiares do casal compareceram à sessão e foram homenageados com um emocionante discurso feito por José Dorival do Nascimento, filho do casal. Em sua fala, Dorival agradeceu pela homenagem e destacou a importância dos pais, que se tornaram referências não apenas para a família, mas também para a comunidade vilhenense.
Histórico de vida do casal
Francisco Tomé dos Santos nasceu em 12 de dezembro de 1954, em Missão Velha, Ceará. Ainda criança, mudou-se para o Maranhão, onde, aos 21 anos, casou-se com Maria Julieta do Nascimento em setembro de 1975. Durante a juventude, trabalhou como agricultor e, posteriormente, foi operário em grandes obras de construção civil, como a Usina Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará.
Entre 1983 e 1994, Francisco dedicou-se ao garimpo de ouro e diamantes nos estados do Pará, Roraima e Mato Grosso. Em 1994, mudou-se para Vilhena, Rondônia, onde trabalhou por muitos anos nas empresas Hiperhaus Construções e MM Materiais para Construção, até sua aposentadoria em 2020. Além de seu trabalho formal, Francisco também auxiliava sua esposa na venda de tapiocas nas feiras locais.
Francisco faleceu em 9 de março de 2021, em Vilhena, deixando um legado de dedicação ao trabalho e à família.
Maria Julieta do Nascimento Santos nasceu em 30 de abril de 1959, em Olho D’Água das Cunhãs, Maranhão. Casou-se jovem, aos 16 anos, com Francisco Tomé e, ao longo de sua vida, desempenhou várias funções para ajudar no sustento da família, incluindo trabalhos na roça, como zeladora e empregada doméstica. Nos últimos 14 anos de sua vida, Maria Julieta foi conhecida pela barraca “Maranhão Tapiocas”, que operava nas feiras de Vilhena.
Maria Julieta faleceu em 26 de março de 2021, apenas 17 dias após a morte de seu marido, deixando um legado de trabalho árduo e amor à família.
A chegada a Vilhena
Em novembro de 1993, Maria Julieta e seus cinco filhos se mudaram para Vilhena, onde Francisco Tomé já havia começado a trabalhar. O casal decidiu estabelecer sua residência definitiva na cidade após perceberem as oportunidades e o potencial de crescimento de Vilhena. Francisco abandonou o garimpo para ficar mais próximo da família e se dedicou a trabalhos na construção civil na cidade.
Desde a chegada a Vilhena, o casal fixou residência na Rua 736, nº 2344, no bairro Marcos Freire. A relação com a rua foi tão forte que os filhos mais velhos também adquiriram terrenos na mesma via, mantendo a proximidade com os pais.
Legado e homenagem
O casal deixou cinco filhos, 13 netos e um bisneto, que continuam a residir em Vilhena e cidades próximas. A nomeação da Rua Francisco Tomé e Maria Julieta é um reconhecimento pela contribuição e pela história de vida de um casal que dedicou décadas ao crescimento e ao desenvolvimento de Vilhena.
A aprovação da homenagem pelos vereadores representa um ato de respeito e gratidão não só à família, mas a todos os que acreditam no valor das raízes familiares e na importância da memória coletiva.
Por RO em Pauta