Forte chuva atingiu os municípios de Ji-Paraná e Governador Jorge Teixeira na noite de segunda-feira e causou grandes prejuízos aos moradores.
Um temporal atingiu os municípios de Ji-Paraná e Governador Jorge Teixeira (RO) na noite da segunda-feira (23). Os moradores registraram imagens da intensidade da chuva e a destruição causada pelos ventos.
Árvores derrubadas, descargas elétricas e casas destelhadas foram alguns dos danos causados pela tempestade. De acordo com relatos de moradores, o temporal começou no fim da tarde. Em poucos minutos, o volume de água e as rajadas de ventos com raios se tornaram intensos.
As bombas de combustíveis de um posto de gasolina foram derrubadas pelo vento, quase atingindo pessoas que tentavam se abrigar. Além disso, uma grande placa de ferro de publicidade caiu e atingiu a frente de uma casa. Muros de tijolo também foram destruídos e várias árvores caíram sobre carros estacionados.
“Eu moro aqui a 60 e poucos anos mas nunca vi um vento forte, o vento foi forte”, relatou um morador de Ji-Paraná.
Câmeras de segurança registraram o momento em que um funcionário de uma oficina de carros tentava segurar um portão de aço. O vento o empurrou para longe, junto de pneus e outros objetos. A ventania chegou a arrastar um carro parado e levantar todos os portões do estabelecimento.
Em Governador Jorge Teixeira a tempestade também causou transtornos para a população. Casas foram destelhadas, e a distribuição de energia elétrica foi comprometida desde a noite de segunda em vários bairros da cidade.
Moradores relataram à Rede Amazônica que os móveis foram destruídos durante o temporal. As telhas, arrancadas das casas pelo vento, ficaram espalhadas pelas ruas.
Outro lado
Apesar do temporal, Rondônia vem enfrentando uma estiagem extrema. Todos os principais rios do estado apresentaram redução além da prevista para o período de seca. O rio Madeira chegou ao menor nível da história durante o último fim de semana: 25 centímetros em Porto Velho.
As temperaturas também seguem altas no estado. Porto Velho registrou 40,5°C no sábado (21): o segundo dia mais quente já registrado na cidade desde o início das medições, em 1961, de acordo com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
Especialistas afirmam que o cenário de aquecimento é agravado pela poluição gerada pelas queimadas. O cenário pode, inclusive, mudar o crime para dois extremos: períodos prolongados de seca e outros de chuva intensa.
Por Rede Amazônica