15 de novembro de 2025 | Email: [email protected] | Telefone: (069) 98160-2636

PMs e mais 7 pessoas são condenados por loteamento ilegal de terras em reserva ambiental de RO

Grupo criminoso atuava na Estação Ecológica Samuel, em Candeias do Jamari, e chegou a lucrar R$ 5 milhões com vendas clandestinas de lotes.

Foto ilustrativa

Dois policiais militares e outras sete pessoas foram condenados por crimes relacionados à invasão e loteamento ilegal de terras públicas na Estação Ecológica Samuel, em Candeias do Jamari (RO). A sentença prevê penas que variam entre 6 anos e 6 meses e 14 anos e 7 meses de prisão, além de multas. Os PMs perderam o cargo e foram punidos também por venda ilegal de armas e participação em organização criminosa.

As condenações são resultado da Operação Canaã, conduzida pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO) com base em investigações da Polícia Civil, iniciadas em 2021 pela 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco 2).

De acordo com a investigação, o grupo criminoso loteava ilegalmente terras dentro da unidade de conservação e comercializava os espaços de forma clandestina. Pessoas em situação de vulnerabilidade eram usadas para ocupar os lotes, enquanto financiadores adquiriam áreas como forma de investimento ou para lavagem de dinheiro.

Em junho de 2022, durante a 6ª fase da operação, batizada de “Samuel”, foram cumpridos 10 mandados de prisão e seis de busca e apreensão em São Francisco do Guaporé e Porto Velho. Ao todo, cerca de 550 lotes foram identificados dentro da reserva, gerando aproximadamente R$ 5 milhões para a quadrilha.

Segundo a Draco, os policiais militares envolvidos eram responsáveis pelo fornecimento de armas ao grupo, além de atuar na segurança e no recebimento dos lucros. Um topógrafo também auxiliava no mapeamento e demarcação das áreas invadidas.

As investigações apontaram ainda que a organização criminosa planejava expandir sua atuação para outras áreas de preservação ambiental, como a Reserva Extrativista Rio Preto Jacundá e a Floresta Nacional do Jacundá.

“O núcleo criminoso promovia a venda dos lotes, coordenava invasões e estabelecia um rigoroso código de conduta, controlando o acesso por meio de grupo armado”, destacou a Draco.

Da redação do Rondônia em Pauta


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