Deflagrada nesta terça-feira (25), a ação mobilizou forças de segurança e órgãos ambientais para garantir a retirada de ocupações irregulares da unidade de conservação.
A Operação Aruanã foi executada nesta terça-feira (25) para cumprir determinação judicial que ordena a desocupação da Estação Ecológica de Samuel, localizada em Candeias do Jamari/RO. A medida atende decisão proferida no cumprimento de sentença nº 7068903-39.2024.8.22.0001, ação movida pelo Ministério Público de Rondônia com o objetivo de resguardar uma das áreas de preservação mais restritivas do Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
A escolha do nome faz referência ao aruanã, figura tradicionalmente associada ao espírito protetor dos animais, das matas e dos rios, simbolizando o caráter ambiental da iniciativa. A Estação Ecológica é destinada exclusivamente à pesquisa científica e à conservação da biodiversidade, e não permite ocupação humana permanente.
A operação contou com efetivo da Polícia Militar, equipes da Polícia Civil e servidores da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental. A mobilização foi estruturada para assegurar a execução segura da ordem judicial, com atenção à integridade de policiais, técnicos e possíveis ocupantes da área. De acordo com as instituições envolvidas, todas as ações seguiram normas legais e orientações técnicas para garantir tratamento digno às pessoas removidas.
Antes do início da operação, uma reunião preparatória foi realizada no dia 22 de novembro, no Batalhão de Polícia Ambiental, em Candeias do Jamari/RO. O encontro reuniu representantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Sedam, Tribunal de Justiça e Ministério Público, que definiram os últimos alinhamentos operacionais.
O Ministério Público esteve representado pela Promotora de Justiça Valéria Giumelli Canestrini, coordenadora do Gaema, e pelo Promotor de Justiça Pablo Hernandez Viscardi, coordenador do Núcleo de Combate ao Crime Organizado Ambiental. Ambos reforçaram o papel da Instituição na defesa da ordem jurídica, do meio ambiente e do patrimônio público, com foco no direito ao equilíbrio ambiental e na proteção climática.
O Gaema acompanha toda a execução para garantir que a desocupação ocorra de maneira segura, responsável e em conformidade com o interesse público, reafirmando o compromisso do Ministério Público com a proteção da Estação Ecológica de Samuel.
Da redação do Rondônia em Pauta
