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À sombra de Bolsonaro autoproclamados conservadores terão tripla disputa em Rondônia

Diferentemente de 2018, quando a onda conferiu a determinadas pessoas cargos na política só por entoar o nome do presidente, a situação atual os coloca inicialmente numa disputa contra aliados

Apesar de a Região Norte do Brasil, especialmente Rondônia, no caso, conservar ainda fatia significativa do bolsonarismo muitos adeptos do atual presidente da República terão dificuldade se acreditarem que a disputa será igual à de 2018.

Há quatro anos o País estava dividido, sim, mas havia pujança maior pendendo à direita enquanto a esquerda, à época retratada basicamente por ser o espectro do Partido do Trabalhadores (PT), “derretia” à ocasião.

De lá para cá muita coisa ocorreu: incluindo o retorno de Lula, principal expoente do progressismo, como protagonista eletivo. E, como o jornal eletrônico Rondônia Dinâmica já pontuou em outros textos, o contexto transformou o mandatário do Palácio do Planalto, que saiu de “pedra” à “vidraça”.

No ínterim, Bolsonaro enfrentou de maneira displicente o Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2), enfermidade que já exterminou mais de 666 mil vidas; e agora tem de lidar com a inflação nas alturas e o preço exorbitante dos combustíveis. Isto sem contar o retorno da fome, a alta nos índices de desemprego e outros gargalos próprios da Administração Pública.

Em suma, como em qualquer cargo no Executivo, quem questionava agora será questionado – e isto vale para todos os governadores que tentarem se reeleger.

Isso faz com que os personagens “de fora”, que só existem politicamente na vida pública por se aquartelarem à sombra do morador do Alvorada, tenham de enfrentar três etapas no pleito regional.

Antes chegarem à fase onde tentam desbancar opositores, a peleja, no caso, será travada contra aliados de mesmo espectro.

De cara, contra qualquer um que se diz alinhado às deliberações do regente da União e já tenha cargo eletivo por isso; e, em seguida, competindo também com os “migrantes”. Como, por exemplo, Mariana Carvalho, ex-PSDB, que “virou” bolsonarista do dia para a noite; ou Sílvia Cristina, saída do PDT e recém-chegada ao PL, portanto, correligionária do chefe do Executivo.

Marcos Rogério, metamorfose ambulante, diga-se de passagem, é caso à parte.

Transmutou-se paulatinamente, saindo da esquerda, zarpando do pedetismo brizolista, ancorando-se ao Centrão do DEM e hoje desembocando, finalmente, no extremo do polo destro.

Resumidamente, nomes como Josinelio Muniz ; Sofia Andrade (algo como uma ‘Sara Winter’ no contexto micro); Chico Holanda (versão local do ‘Véio da Havan’); Bruno Scheid (visitante contumaz do Gabinete presidencial) e Jaime Bagattoli (pecuarista bom de voto) terão dificuldades se pensarem traçar a mesma rota do passado.

Porque só repetir como mantra as credenciais de Jair Bolsonaro e reproduzir, retoricamente, seus posicionamentos mais contundentes e polêmicos pode não ser o suficiente para contribuir com essa eleição que, para eles, será trifásica.

E os representantes das duas fases inicias já vêm com envergadura social reverberada por mandatos eletivos.

Por Rondoniadinamica





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