Obra escrita pelo professor da Universidade Federal de Rondônia – Campus Vilhena, Dr. Osvaldo Copertino Duarte, é contemplada no Prêmio Literário João da Silva Correia.
“À Sombra do Escondido”, obra escrita pelo Professor da Universidade Federal de Rondônia – Campus Vilhena, Dr. Osvaldo Copertino Duarte, é a vencedora da edição de 2022 do Prêmio Literário João da Silva Correia.
Osvaldo é graduado em Letras, com mestrado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada e Doutorado em Teoria da Literatura. Como escritor, dedica-se especialmente à poesia, à literatura infantil e ao ensaio literário, tendo escrito ou organizado obras como Dias férteis (poesia), Abri abriste abreu (literatura infantil) e Literatura como lugar (ensaio literário).
Além dessas, o Professor escreveu e organizou outras obras, como 500 anos da circum-navegação do mundo: pesquisas em linguística, literatura e cultura dos países de língua portuguesa e Novas contribuições em investigação e ensino em língua portuguesa.
O Prêmio Literário João da Silva Correia visa promover a criação literária portuguesa, identificando e premiando novos talentos da literatura. Esse prêmio, lançado em 2006, tem o nome do escritor e jornalista sanjoanense João da Silva Correia (1896-1973), autor do romance “Unhas Negras”.
O júri da edição de 2022 foi composto pelo embaixador, diplomata, escritor e poeta Luís Castro Mendes, o poeta e escritor de literatura infanto-juvenil, José Fanha, e ainda, um representante da Editora Âncora, responsável pela publicação da obra premiada.
“À Sombra do Escondido” foi distinguida “pela sua coragem verbal e imagética e pela rica densidade do seu mundo poético”, o que levou o júri, após analisar todas as obras a concurso, a atribuir-lhe, por unanimidade, o Prêmio João da Silva Correia. Castro Mendes defende que “’´À Sombra do Escondido’ é um livro que nos faz acreditar na poesia”.
Para Duarte, esse prêmio é um reconhecimento público de um trabalho de muitos anos, visto que, a escrita sempre esteve presente em sua vida: “Escrevo desde sempre, esse não é o primeiro livro. Eu tenho publicado com certa frequência, não só textos de ficção, mas também textos de crítica literária. É um exercício”.
O escritor admite que a Amazônia exerce especial influência em sua obra, nas palavras dele “Tudo o que eu vejo, o modo como compreendo o mundo, passa pelo filtro de ter vivido/viver na Amazônia”. Vivendo nessa região, Osvaldo desenvolveu – em longo aprendizado – um modo particularmente compenetrado de interpretar a realidade, a cultura e o país. “Quero ser filho das águas, irmão das pedras”, assim o Professor finaliza sua fala.
A reação de Duarte à atribuição do prêmio a sua obra, é de surpresa, gratidão, e felicidade. Mesmo reconhecendo o valor de seu escrito, o autor diz ter contado com um pouco de sorte e reflete: “Quantas obras geniais passaram anos para serem percebidas? E a minha nem é genial […] o fato de ter participado, de ter sido escolhido, entre várias pessoas que eu nem conheço… Penso que o livro pode sim, ter algum mérito, mas o fato de ter sido o primeiro entre dezenas de pessoas tem um pouco do imponderável, daquilo que não se tem muito controle”.
Fonte: Campus de Vilhena