Ela queria voltar com Juninho Laçador mesmo estando namorando com Phellype
Polícia Civil de Vilhena concluiu investigações e entregou documentação à justiça.
O delegado de Polícia Civil, Núbio Lopes, convocou a imprensa para uma coletiva e informar o resultado das investigações do homicídio ocorrido no Haras Marquezini que teve como vítima ‘Juninho Laçador’.
Ele esteve acompanhado do delegado Fábio Campos e do perito David Matos no auditório da Unisp na manhã da sexta-feira (10).
As investigações concluíram que Ana Clara Messias Marquezini, de 18 anos, planejou e instigou o homicídio de Carlos Pedro Garcia dos Santos Júnior, conhecido como “Juninho Laçador”, que resultou também na tentativa de homicídio de Carlos Mendes.
Ana e Juninho teriam terminado o longo namoro e após quatro meses, Juninho iniciou um novo relacionamento com uma jovem de Chupinguaia e era visto feliz, segundo relatos de testemunhas. Ana estava namorando Fellype Gabriel Campos da Silva, de 20 anos.
Porém, em meados de novembro de 2022, Ana tentou reatar o namoro com Juninho, ao ser rejeitada ela não aceitou o ‘não’ e foi motivada por um sentimento de repulsa, produto da rejeição. Foi quando começaram a aparecer os indícios de que o crime poderia acontecer.
Aos poucos ela foi instigando e desafiando Fellype e Kaio Cabral da Silva Pinho, de 18 anos, para cometer o crime. Ela conseguiu o feito no dia do crime, 29 de dezembro de 2022.
Nesse dia, mais cedo, os três chegaram a entrar no haras e Kaio recebeu uma camiseta manga longa que Ana buscou na casa do avô para encobrir as tatuagens.
Fellype ajudou Ana porque ele não queria que ela manchasse as mão de sangue e Kaio teve a coragem dele colocada em cheque por Ana e puxou o gatilho por amizade com Fellype.
Kaio ficou amoitado em uma mata no meio das duas possíveis saídas, que foram fechadas para forçar a parada deles. Após matar Juninho, ele correu e se encontrou com Fellype. Ambos correram muito até chegar no local onde Ana os esperava na caminhonete. Após saber do homicídio, ela percebeu que o que tinha feito não era um conto de fadas.
A arma do crime foi jogada numa lagoa próximo ao pesqueiro do Roque. O Corpo de Bombeiros e a perícia mergulharam no lamaçal e fizeram uso de detector de metais, mas não encontraram a arma que havia sido furtada no dia 18 de novembro.
A perícia trabalhou toda a noite e no dia seguinte sem descansar, coletaram pegadas dos pneus da caminhonete e dos tênis que ajudaram a desvendar o crime. Havia muitas pegadas no mato, mas uma era da caminhonete usada e outra era dos tênis usados por Fellype, e que foi encontrado dentro do seu quarto.
David agradeceu o empenho do perito Valnei de Lima Silva de Porto Velho que parou o serviço que ele tem atendendo todo o estado para dar prioridade ao caso. A PM também ajudou a isolar a área do crime, enquanto a perícia vinha de Cerejeiras.
Núbio agradeceu ao judiciário, MP e à perícia que trabalharam incansavelmente, mesmo de madrugada, para dar uma resposta à sociedade.
“Quero deixar claro que a família da Ana foi pega de surpresa, eles não tinham menor noção do que estava acontecendo. Foi uma atitude isolada da Ana”, afirmou Núbio.
Fábio agradeceu às testemunhas anônimas que contribuíram com o caso, ele lembrou que o trabalho foi exaustivo.
Da redação do Rondônia em Pauta