Mosquito é transmissor de quatro arboviroses. Mais de 100 casos de dengue, zika e chikungunya já foram confirmados no município este ano.
A cidade de Cacoal (RO), na Zona da Mata, foi classificada em risco médio de proliferação do Aedes Aegypti, conforme o Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) divulgado nesta quarta-feira (17). O mosquito é transmissor de doenças, como a dengue, febre amarela urbana, zika e chikungunya.
O LIRAa foi realizado na semana passada e mostrou que larvas do mosquito foram encontradas em pelo menos 1,7% do município. Além disso, também foi confirmado o registro de 117 casos de arboviroses em Cacoal neste ano, sendo que a maior parte foi em moradores do bairro Riozinho.
Isso acendeu o alerta para a Secretaria Municipal de Saúde, que iniciou um programa de conscientização na cidade, através de colagens de cartazes com informativos em avenidas do município.
Transmissão
O Aedes aegypti possui listras brancas no tronco, cabeça e pernas, característica que o diferencia dos demais mosquitos.
Segundo o Ministério da Saúde, o período do verão é o mais propício à proliferação do mosquito. Contudo, mesmo durante o inverno, por causa das chuvas, é necessário cuidar dos quintais de casa para evitar a proliferação.
De acordo com o boletim epidemiológico da Agência de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), os principais focos de criação dos mosquitos são pneus, recipientes plásticos, tampinhas, latas, sucatas e entulhos.
Sintomas
Apesar do mesmo pernilongo transmitir as quatro doenças, alguns sintomas se diferem. No caso da dengue, os sintomas mais comuns são dor atrás dos olhos acompanhada de febre alta. Em casos graves, a doença pode causar hemorragias, encefalopatia, choque circulatório, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural, além de poder levar a óbito.
O zika vírus provoca febre baixa, manchas na pele e coceira, podendo causar microcefalia em bebês nascidos de gestantes infectadas. A chikungunya desenvolve dores nos pulsos, mãos e tornozelos, acompanhada de inchaços e erupções na pele.
Já a febre amarela causa febre súbita, calafrios, dor intensa na cabeça e nas costas, náuseas e vômitos. Em casos graves, a pessoa pode apresentar icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.
O que fazer para prevenir?
- Usar tampas adequadas para manter caixas-d’água, cisternas, tonéis e outros recipientes que podem acumular água bem fechados
- Trocar diariamente a água dos bebedouros de animais e lavá-los. Se tiver plantas aquáticas, troque a água e lave, principalmente por dentro, com escova e sabão, assim como outros utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes e baldes
- Limpar com frequência a piscina, a laje e as calhas removendo tudo que possa impedir a passagem da água. Ficar de olho no telhado e no terraço, caso more em apartamento, para evitar o acúmulo de água
- Usar água sanitária ou desinfetante semanalmente para manter os ralos limpos e verificar se estão entupidos. Não vai utilizá-los? Mantenha-os vedados
- Jogar no lixo todo objeto que possa acumular água
- Instalar a caixa do ar-condicionado de forma que não acumule água
- Preencher as depressões em terrenos que podem se tornar possíveis poças de água parada
- Ficar atento aos cuidados com bromélias, babosas e outras plantas que podem acumular água
- Deixar lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água
- Retirar água acumulada na área de serviço, principalmente atrás da máquina de lavar roupa.
Por g1 RO e Rede Amazônica