Notícias de traição e putaria não podem ser assim nomeadas quando se trata de gente poderosa. Ainda mais se o caso for com um príncipe.
Me perdoem os leitores as palavras pesadas ditas no parágrafo anterior, mas não contive o riso quando li a notícia de que um príncipe foi traído pela esposa.
Segundo o “MSN”, o caso foi na Inglaterra envolvendo o herdeiro do trono com sua amável esposa. Vou dar uma linha da notícia: “Segundo a revista “Globe”, a Duquesa de Cornualha foi flagrada com um amante pelas câmeras de segurança de um canal britânico. ” (http://www.msn.com/pt-br/entretenimento/galeria/pr%C3%ADncipe-charles-pede-div%C3%B3rcio-ap%C3%B3s-descobrir-trai%C3%A7%C3%A3o-de-camila-parker-diz-revista/ss-BBkxtdH).
Quando li isso um filme me passou pela cabeça. Não, não é um filme de horror, nem de sexo, muito menos de romance. Um filme histórico, isso sim. Eu era ainda um garotinho, quando o Príncipe Charles casou coma Princesa Diana. Um nojo! A TV mostrando a gastança, os convidados, os preparativos, e, na minha opinião, o desperdício com luxo. O casamento foi televisionado e milhões de pessoas perderam horas de sua vida assistindo aquilo. O mundo se transformou de sapo em príncipe. Explico, acabaram as guerras, a fome, os assaltos, a roubalheira; ao menos para a TV, que quase só tinha olhos e câmeras para o dito enlace matrimonial.
Passado algum tempo, os pombinhos estavam em crise. Lady Di era linda, certo? Não aos olhos do amável e prestativo príncipe. Ao menos não suficientemente, já que o Serviço Secreto Britânico capturou uma fala do príncipe Charles que estava de papo romântico com uma mulher casada, a senhora Camila Parker Bowles. Alguém desse Serviço não tão secreto teria vendido a gravação aos tabloides britânicos. Ora, o jornal na Inglaterra dever servir para informar sobre coisas importantes. E isso não era importante? Pois claro, já que os leitores pagam pelo jornal e o jornal publicou, é sinal de que os ingleses gostam de saber das coisas, como não?!
Embora para os muito ricos devesse existir outro nome, mas como não há, ou eu não conheço, vamos chamar a Senhora Camila Parker de amante mesmo. O príncipe Charles usou o telefone para dizer a Camila Parker, sua amante, que gostaria de ser o absorvente higiênico que ela usava. Palavras de gentil cavalheiro fazendo a corte à dama.
Mais tarde, em entrevista na TV britânica, Príncipe Charles foi inquerido acerca dessa sua vontade. Em resposta ele disse que traiu a Princesa Diana, porque seu pai havia sido muito frio e distante com ele quando era criança. Embora o termo “traiu” seja feio e não fica bem para gente tão fina e educada, não me ocorre outro melhor.
A querida Lady Di morreu no carro de seu namorado em 1997. Naquela altura o Príncipe Charles já estava com a Camila. Quanto ao ex-marido da Camila não sei o paradeiro. Casada com o Príncipe da Inglaterra Camila ganhou o apropriado título de Duquesa da Cornualha. Não sou tão burro quanto alguns possam pensar, nem tão inteligente quanto gostaria. Sei que a Cornulha é um condado, pedaço de terra na Inglaterra. Mas aproveito para sugerir que, em português, poderia ser cunhado um neologismo, cornualha como a terra dos cornos. Desculpe outro termo quase chulo com o qual não deveríamos nos referir acerca do futuro rei da Inglaterra.
Quando um mortal comete erros, a crítica não perdoa. Agora que gente idolatrada leva chifre (outro termo chulo, cruzes, estou mal hoje) é importante divulgar, para mostrar que qualquer idolatria aos nobres e poderosos é um equívoco. Multidões chorando quando nasceu o neto do Príncipe Charles em frente ao palácio. A criança apresentada como se fosse uma deusa. E as crianças dos pobres maltratadas pelo mundo.
Perante a natureza não tem essa de nobre e Lady. Só os homens ficam criando títulos e fantasias. Na hora do sexo, príncipes ou duquesas de cornualha querem mais e se divertir.
O príncipe namorava uma mulher casada. Separou da esposa e casou-se com ela. Ora, ela sabia que ela tinha esse pendão a trair marido. Imaginou que com ele seria diferente?
Muita gente não vai gostar do que escrevi. Paciência. Aquilo que for importante para mostrar como é tolice cultuar pessoas, como os da Família Real, vale a pena ser dito.
Viva Jean-Jacques Rousseau!