Em Rondônia, o número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar ocupação) subiu, passando de 21 mil pessoas para 36 mil pessoas
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), a desocupação em Rondônia aumentou 34,8% quando comparados os últimos trimestres de 2019 e 2020, subindo de 70 mil pessoas para 95 mil pessoas desocupadas. A pesquisa é feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foi divulgada nesta quarta-feira (10).
A taxa de desocupação em Rondônia, que era 8% no 4º trimestre de 2019, subiu 3.3 p.p, atingindo 11,3% no 4º trimestre de 2020, a segunda maior desde que a PNAD Contínua foi iniciada em 2012, ficando atrás apenas da taxa registrada no 3º trimestre de 2020 (11,4%). No ranking brasileiro de desocupação, Rondônia passou da quarta posição em 2019 para a sétima posição em 2020.
Quando feita comparação entre os dois anos, a pesquisa mostrou ainda que, em Rondônia, o número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar ocupação) subiu, passando de 21 mil pessoas para 36 mil pessoas. No Brasil, houve aumento de 25,3%, atingindo 5,7 milhões de pessoas.
Por categoria da ocupação, em números absolutos, a maior diminuição ocorreu entre os empregados do setor privado com carteira assinada. Em 2019, eles eram 228 mil e passaram a ser 198 mil pessoas. No setor público, a redução foi de 17 mil pessoas.
Assim como em 2019, o setor da agropecuária foi o que mais ocupou rondonienses em 2020, com 172 mil pessoas trabalhando neste segmento, o que correspondeu a 23% da população ocupada. O segundo segmento que mais ocupou foi o de comércio, com 137 mil empregados (18,4% dos ocupados), seguido da administração pública, que tinha 129 mil trabalhadores (17,3% das ocupadas).
Outro aspecto investigado pela PNAD Contínua é a taxa de informalidade (trabalhadores sem registro em carteira ou sem Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou sem remuneração). A pesquisa mostrou que Rondônia concluiu 2020 com 48,3% de informalidade. Os trabalhadores por conta própria sem CNPJ e os trabalhadores domésticos sem carteira assinada foram os que tiveram os maiores índices: 86,9% e 84,4% respectivamente.
Por Amabile Casarin/IBGE