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Destroços de avião que caiu com pecuarista e filho foram achados 6 km após último registro no radar

Queda de avião em Rondônia terminou com as mortes de Garon Maia Filho e do filho, Francisco Veronezi Maia, de 11 anos.

Beechcraft Baron 58 caiu em Vilhena em área de mata — Foto: Reprodução/Flightradar24

Os destroços do avião bimotor que caiu em Rondônia foram encontrados 6 quilômetros depois do último registro captado pelo radar. No último fim de semana, o pecuarista Garon Maia e o filho, Francisco Veronezi Maia, de 11 anos, morreram na queda da aeronave.

Segundo registros no site Flightradar24, a última posição do bimotor Beechcraft Baron 58 no radar foi perto da Cachoeira das Cavernas, em Vilhena (RO).

No entanto, os bombeiros encontraram os destroços da aeronave em uma mata fechada cerca de 6 quilômetros do ponto onde o avião sumiu do radar, já próximo de um local conhecido como Cabeça da Serpente.

Local onde avião sumiu no radar e ponto onde destroços estavam — Foto: Reprodução/Flightradar24

O acidente com o bimotor aconteceu cerca de oito minutos depois do avião decolar do aeroporto de Vilhena. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião que caiu em Vilhena é um Beechcraft Baron G58, fabricado em 2011, e aeronave tinha permissão para transportar até cinco passageiros.

A aeronave também tinha autorização para voos noturnos, inclusive estava registrado na categoria de serviços aéreos privados. A situação de aeronavegabilidade também estava normal.

De acordo com consultores de aviação ouvidos pelo g1, o fato do bimotor não ter sido achado no mesmo ponto onde sumiu do radar indica suspeita de falha mecânica como motivo para a queda do avião.

Beechcraft Baron 58 caiu em Vilhena em área de mata — Foto: Reprodução

Investigação sobre o acidente

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) iniciou as investigações do acidente aéreo que resultou na morte do pecuarista e do filho. Todas as evidências que podem ser usadas na investigação já foram retiradas da aeronave.

Para confirmar os fatores que podem ter contribuído para a queda do avião do pecuarista em Vilhena, a Força Aérea Brasileira deve adotar algumas ações, como:

  • fazer uma perícia nos destroços do avião;
  • ouvir testemunhas da decolagem e pouso;
  • recuperar documentos, dados de inspeções técnicas e de manutenção;
  • e checar a qualidade do combustível usado na operação.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave das vítimas bateu violentamente contra as árvores.

Menino pilotando avião

Um vídeo divulgado nas redes sociais nesta semana mostra Francisco Veronezi Maia, de 11 anos, pilotando um avião bimotor ao lado do pai Garon.

O bimotor que aparece sendo conduzido pelo menino seria o mesmo que caiu no sábado (29) numa área de mata fechada em Vilhena, na divisa entre Rondônia e Mato Grosso.

A gravação divulgada nas redes sociais foi feita pelo pai do menino. Garon estava sentado no banco do copiloto, quando o bimotor está alinhado para decolagem numa pista de terra, numa área rural.

O homem então instrui a criança, pergunta se está tudo certo, sem obstrução à frente da aeronave, e pede para ele acelerar o bimotor. “Peraí, tudo pronto? Nada na frente, tá ok. Vamos lá, 600 cavalos, pode empurrar. 600 Kikão, vai. Nossa senhora. Mão na manete, mão na manete. Fica com a mão aí e olha a velocidade”, diz Garon.

O vídeo do garoto filmado pilotando um avião, ao lado do pai aconteceu com alerta de proximidade ao solo.

A mensagem orienta o piloto a subir o avião, de forma a ganhar altitude. O homem ao lado filma esse momento e tapa com a mão o prefixo no painel, de forma a impedir a identificação da aeronave.

Na mesma gravação, o pecuarista aparece bebendo uma cerveja enquanto o menino manuseia sozinho o manche do avião. “O passageiro pode tomar uma, né Kiko?”, pergunta ao garoto.

Garon Maia tinha 42 anos e seu filho, Francisco Veronezi Maia, 11. Os corpos deles foram sepultados nesta terça-feira (1°) em Campo Grande.

Destroços do avião após acidente — Foto: Reprodução

Por g1 RO





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