Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Rondônia (FICCO/RO) deflagrou, nesta sexta-feira (1/11), a Operação Bank, que tem como alvo uma organização criminosa especializada em furtos a agências bancárias. As investigações apontam que o grupo agia com um modus operandi sofisticado, aproveitando-se de ferramentas e estratégias específicas para arrombar estabelecimentos bancários e burlar sistemas de segurança.
O caso começou a ser investigado em novembro de 2023, após a Polícia Federal receber informações sobre o furto de R$ 221.950,00 de uma agência da Caixa Econômica Federal em Porto Velho. Desde então, a FICCO, composta por diversas forças de segurança estaduais e federais, aprofundou as investigações e descobriu uma série de furtos semelhantes na região, ocorridos ainda no mesmo mês.
A equipe investigativa constatou que o grupo criminoso adentrava as agências bancárias por meio de arrombamento e permanecia nos locais por dias seguidos. No caso do furto à agência da Caixa, os criminosos invadiram o estabelecimento em 17 de novembro de 2023 e retornaram nos dias subsequentes, 18, 19 e 20 de novembro, para completar o crime. Ao serem surpreendidos por disparos do alarme, eles saíam do local e voltavam no dia seguinte, até que, no dia 20, foram flagrados pelas câmeras de vigilância. A ação rápida da segurança disparou o sistema de cortina de fumaça, obrigando os envolvidos a fugir.
Com a evolução das investigações, a FICCO identificou nove suspeitos envolvidos diretamente nos furtos. O esquema contava com a cooptação de um morador de Porto Velho por detentos de outro estado, que era responsável por recrutar os demais integrantes. Como parte das ações da Operação Bank, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, autorizados pela 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Rondônia.
A operação contou com a mobilização de 29 policiais das instituições que compõem a FICCO/RO: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Penal, Polícia Militar e a Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN). Essa força-tarefa visa coordenar ações para combater o crime organizado no estado.
Os investigados deverão responder por crimes de organização criminosa, furto qualificado por arrombamento, e concurso de pessoas, com agravante pelo cometimento dos delitos durante o repouso noturno. As penas para esses crimes podem chegar a 15 anos de prisão, sem prejuízo de outras acusações que possam surgir no decorrer do processo.
A FICCO/RO destaca a importância da integração entre forças de segurança e reafirma seu compromisso em desarticular organizações criminosas que atuam no estado, garantindo maior segurança à população.
Por Rondônia em Pauta