Reunir diferentes gerações de profissionais formados pelo Curso de Letras da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), campus de Vilhena, em um mesmo espaço de escuta, memória e reflexão: esse foi o propósito central do I Encontro dos Egressos do Curso de Letras (EELL), realizado na primeira semana de novembro (2025). Promovido pelo Departamento Acadêmico de Estudos Linguísticos e Literários (DAELL), o evento reafirma o papel da universidade pública como elo permanente entre formação, atuação profissional e transformação social.
A atividade foi estruturada em formato de roda de conversa e contou com a presença das egressas Kézia Martins Batista, Maria Luiza de Castro, Mislene de Oliveira e Eneli de Araújo, sob mediação da professora Rosana Nunes Alencar. A coordenação do evento esteve a cargo da professora Ana Carolina Lopes Costa, que destacou o valor institucional do reencontro com ex-alunos como estratégia de fortalecimento da identidade do curso. “É uma alegria ver o retorno dos nossos egressos à universidade para partilhar vivências que, com certeza, enriquecerão a formação dos atuais discentes”, avaliou a docente.
Durante a roda de conversa, as convidadas compartilharam suas trajetórias profissionais e acadêmicas, com destaque para experiências no ensino básico, atuação em projetos de extensão, pós-graduação e inserção em áreas afins às Letras. Em relatos marcados por sinceridade e inspiração, elas abordaram temas como os desafios da docência, a adaptação ao mercado de trabalho, a necessidade da formação continuada e o papel social do profissional de Letras.
“Estar aqui hoje e poder conversar com quem está passando por etapas que já vivemos é uma forma de retribuir à UNIR o que ela nos proporcionou. A formação que recebemos aqui é uma base sólida, e continuamos construindo a partir dela”, destacou Mislene de Oliveira, professora da rede estadual e egressa da turma de 2016.
A professora Rosana Nunes, que mediou a conversa, pontuou a importância do evento como instrumento de revisão crítica do Projeto Político Pedagógico do Curso (PPC), atualmente em processo de reformulação. “As experiências dos egressos nos oferecem indicadores valiosos para refletirmos sobre os rumos da formação. A escuta ativa desses relatos nos ajuda a manter o curso alinhado às demandas da sociedade e às transformações do campo profissional”, afirmou.
Além de celebrar histórias de sucesso e superação, o Encontro proporcionou aos estudantes em formação a possibilidade de visualizarem caminhos possíveis após a graduação. A interação intergeracional permitiu a criação de redes de apoio, troca de contatos e o fortalecimento do sentimento de pertencimento à UNIR.
Para o diretor do campus de Vilhena, Prof. Dr. Claudemir da Silva Paula, a iniciativa marca um avanço importante na consolidação de uma universidade que escuta, acolhe e constrói com sua comunidade. “Este Encontro não apenas valoriza nossos egressos, como também reafirma a missão da UNIR de oferecer uma educação pública de excelência, que transforma vidas e reverbera na sociedade. Cultivar essa memória viva é garantir que o conhecimento produzido aqui permaneça pulsante e útil na construção de um futuro mais justo e humano”, declarou o diretor.
A ação integra o conjunto de atividades de extensão do DAELL voltadas para a valorização dos vínculos acadêmicos para além da sala de aula. A partir da escuta qualificada dos egressos, o curso de Letras tem possibilidades de fortalecer sua proposta pedagógica e reafirmar sua contribuição para a formação de sujeitos críticos, éticos e comprometidos com o desenvolvimento da região amazônica.
De acordo com os organizadores. novos encontros com ex-alunos já estão sendo planejados, consolidando a iniciativa como parte do calendário institucional. A expectativa é de que a troca de experiências se torne uma prática contínua, capaz de inspirar os atuais estudantes e de contribuir diretamente com a qualificação do ensino ofertado.
A memória que se constrói em encontros como este aponta para um futuro mais engajado e colaborativo, em que a Universidade Pública reafirma sua função social por meio da escuta ativa, do acolhimento e da valorização de sua própria história viva.
Por assessoria
