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Levantamento da Divisão de Endemias mostra que focos de dengue estão em quintais de casas ocupadas em Vha

Município foi classificado em alto risco para surto e epidemia de doenças causadas pelo mosquito: solução depende de cuidados domésticos simples

CUIDADOS SIMPLES PODEM evitar formação de criadouros do mosquito da dengue em Vilhena

A Divisão de Endemias de Vilhena, setor responsável pelo controle de pragas, realizou recentemente, o LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti). Os dados apontam que o município está em alto risco para a contaminação da doença, tendo os bairros Jardim Eldorado e BNH com os maiores focos do mosquito.

“82% dos criadouros de mosquitos da dengue estão em quintais de residências ocupadas. Esta é uma doença que sabemos como combater e por isso pedimos atenção dos vilhenenses em manter seus quintais limpos”, aponta Paulo Cremasco, técnico em Saúde Pública do setor de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Semus).

Ao todo, o setor de endemias, destinou 12 agentes, que analisaram 2.231 imóveis de 505 quarteirões em 29 bairros. Após a análise, foi constatado que 97 imóveis apresentaram altos índices para possíveis casos, sendo 67 contendo lixo, recipientes acumuladores de água, itens de plástico, garrafas, latas, dentre outros entulhos. Já outros 30 imóveis apresentavam pneus e materiais rodantes.

A equipe de endemias, dividiu os bairros através de estratos. As análises seguintes apresentam os bairros com maiores índices de casos em cada extrato. No estrato 3, os bairros Jardim Eldorado e Jardim Primavera, são os que apresentam a maior taxa de risco de casos, com 6,8% dos imóveis tendo criadouros em potencial. Logo em seguida, no estrato 4, ficam os bairros BNH, Alto Alegre e Bela Vista, com 5,6%, também sendo considerado de alto risco. Já no estrato 1 estão os bairros São José, Centro, 5º BEC e proximidades da Rical, com 4,2%. O único estrato de bairros que apresenta o baixo risco é o segundo, com 2,2%, com casos encontrados nos bairros Cristo Rei, Jardim América e Bodanese.

No geral, a infestação predial para aedes aegypti se mostrou em 4,7% e 5,2% de infestação de breteau, que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrados nas habitações humanas pela quantidade de total vistoriada.

 

“Nossa análise aponta que três dos quatro estratos merecem uma atenção redobrada, e que estes focos encontrados seriam facilmente eliminados com a colaboração dos próprios moradores. A população tem um papel fundamental para que estes índices de doenças causadas pelo Aedes aegypti diminuam”, conclui Paulo Cremasco.

DOENÇAS – O mosquito Aedes aegypti, além de ser o transmissor da dengue, também pode ser o responsável de doenças como a chikungunya e o vírus zika. Portanto, a divisão de endemias já está realizando os cuidados necessários nas regiões com os maiores índices, através de visitas e orientações, principalmente em pontos estratégicos de maior probabilidade de casos como, ferros velhos, empresas de reciclagem e também nos locais onde há carcaças de veículos, públicos e privados. Já nos locais onde há grande quantidade de materiais que não possam ser eliminados, a divisão fica responsável em aplicar o inseticida focal.

Visto que o Aedes se reproduz em água parada, quintais devem estar sempre livres de quaisquer recipientes que possam acumular água. Além disso, para evitar outros danos ambientais, moradores devem procurar a Prefeitura para buscar informações sobre a destinação correta de resíduos.

Semcom/Imagens ilustrativas





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