2ª fase da operação Polígrafo investiga superfaturamento de quase 40% em contrato para comprar 100 mil kits de testes rápidos da Covid, em 2020. Governo de RO diz que não compactua com irregularidades.
O governo de Rondônia informou, no fim da manhã desta quarta-feira (3), que não houve apreensões no prédio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) durante a 2ª fase da operação Polígrafo, que investiga fraudes na compra de 100 mil testes contra a Covid-19.
Ainda de acordo com uma nota divulgada pela assessoria do governo, nenhuma residência de servidores foi alvo dos mandados de busca e apreensão da Polícia Federal (PF).
A 2ª fase da Operação Polígrafo foi deflagrada nesta quarta-feira e investiga superfaturamentos de quase 40% na compra de testes para a Covid-19, através de um contrato de R$ 10 milhões assinado em 2020 a partir da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) com dispensa de licitação.
A Polícia Federal informou no início da manhã que o esquema de corrupção ativa e passiva envolve empresários e políticos ligados à Sesau, mas os nomes deles não foram divulgados
Sobre denúncia policial, a Sesau informou por nota que até o momento não foram solicitadas informações pela PF, Ministério Público e Controladoria Geral da União (CGU).
“O Governo de Rondônia enfatiza que não pactua com qualquer tipo de irregularidades, e está a disposição para quaisquer esclarecimentos”, diz
Ordens judiciais
A Justiça de Porto Velho autorizou apreensões de documentos e outros objetos, como eletrônicos, foram feitas em endereços de Porto Velho, São Paulo, Barueri (SP), Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Uma ordem judicial também autorizou o bloqueio de R$ 3 milhões dos investigados, valor que corresponde a um pagamento adiantado sobre a compra dos testes da Covid em 2020.
Esse pagamento entre a Sesau e a empresa investigada, de acordo com a PF, foi feito sem a apresentação de garantias para cobrir os riscos relacionados à entrega dos testes para detecção do coronavírus.
Os agentes da PF constaram que os testes rápidos comprados pelo estado, através desse contrato superfaturado, não funcionavam.
A investigação aponta também que 10% do valor do contrato era pago em forma de propina, além dos testes comprados pela Sesau terem um superfaturamento de 39,43%.
Abaixo, leia na íntegra nota do governo de Rondônia sobre a operação da PF:
“A Secretaria do Estado da Saúde de Rondônia – Sesau, esclarece que, nesta quarta-feira (3), não houve nenhuma busca e apreensão no prédio da Sesau e em nenhuma residência de quaisquer servidores do governo durante a 2ª fase da Operação Polígrafo.
A Sesau ressalta ainda que até o momento não foram solicitadas informações pela Polícia Federal, Ministério Público e Controladoria Geral da União.
O Governo de Rondônia enfatiza que não pactua com qualquer tipo de irregularidades, e está a disposição para quaisquer esclarecimentos”.
Por g1 RO