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Novo secretário de Saúde de Vilhena não tem profissão, nem formação técnica na área e já foi opositor do Japonês

Ele fez campanha para Rosani, Rildo e esteve lotado no gabinete do ex-vereador Suchi, todos opositores do atual prefeito Eduardo Japonês

Wagner Wasczuk Borges (Foto: Semcom)

Coisas da política. Na sexta-feira, 17 de setembro, a enfermeira nefrologista Siclinda Raasch foi defenestrada do cargo de secretária municipal da Saúde, e no seu lugar assumiu o então assessor executivo e ex-diretor do Hospital Regional de Vilhena – HRV, Wagner Wasczuk Borges que não tem profissão, nem formação técnica na área da Saúde.

Wagner é filiado no Podemos, partido do deputado federal Léo Moraes, de quem pode ter vindo a indicação para sua ascensão ao cargo de assessor executivo e posteriormente secretário municipal da Saúde na gestão Eduardo Japonês. Léo Moraes também é correligionário do vereador Samir Ali, quem ultimamente vem defendendo os atos da gestão Japonês, na contramão da maioria dos seus pares na Câmara de Vilhena.

Aliás, em maio de 2017, Samir e outro grupo de vereadores constataram a falta de medicamentos, insumos e médicos no HRV, quando Wagner era diretor. Entre os itens em falta estavam feijão, óleo, guardanapo, embalagem plástica , arroz, marmitex, hipoclorito, amaciante, esponja, sabão pedra e barra, sabonete de lavar as mãos e papel higiênico. Para suprir a falta desses produtos os próprios servidores estavam comprando do próprio bolso, apesar do racionamento. Na farmácia foi constatada a falta de medicamentos como adrenalina, hidrocortizona, trombolitico e clexane, necessários para o tratamento de infarto e arritmia.

Na política, Wagner sempre esteve do outro lado das hostes do atual prefeito. Primeiro apoiou a campanha de Rosani Donadon, onde foi diretor do HRV durante aproximadamente um ano e meio. Seguidamente, deixou de lado o grupo Donadon e se aliou ao Coronel Rildo, em ambas as campanhas ele fez frente a Eduardo Japonês.

Durante a gestão passada, ele integrou o gabinete do vereador Subtenente Carlos Suchi, ferrenho opositor da gestão Japonês e aliado declarado de Rosani Donadon.

Wagner ingressou no serviço público como efetivo na capital Porto Velho em 2009, como motorista da Semusa, sendo exonerado em 2011. Em 2015 esteve lotado na Assembleia Legislativa de Rondônia no gabinete do então presidente Hermínio Coelho.

Como diretor do Hospita Regional protagonizou uma série de desventuras como o princípio de incêndio após um curto em ar-condicionado do hospital em 2017. Em outra ocasião, problemas nas janelas da ala masculina, que tinha um trabalho paliativo com compensado de madeira, que obrigou os pacientes a colocarem colchão na janela para se proteger do frio.

Na época, o MP moveu ação contra ele, e outros envolvidos, por “falta de insumos hospitalares, recursos humanos insuficientes para atendimento da demanda, bem como inadequação de setores do hospital”. O caso repercutiu nas redes sociais e envolveu um garotinho chamado Mateus, em que familiares fizeram campanha pelo Facebook pedindo fraldas, luvas, gases, álcool em gel e sondas.

Também houve o caso da mulher que deu à luz no chão do Hospital Regional, quando uma enfermeira teria dito que parto rápido só acontece em novela. Ela foi instruída a caminhar, acabou dando a luz em pé e o bebê caiu no chão da sala.

Na sua gestão, também ocorreu o episódio em que um médico foi embora, após passar mal no pronto-socorro, e pacientes ficaram sem atendimento no HRV. Na época, Wagner admitiu que o número de médicos na unidade era insuficiente.

Enfim, a súbita troca de uma secretária, que era da área, por um secretário que não tem afinidade com a saúde, mas experiências, muitas delas com efeito negativo, só pode ser explicado através da uma palavra: “Política”.

Aliás, corre nos bastidores que a ex-secretária era perseguida por quebrar costumes da velha política, que prezam o conchavo, em detrimento da eficiência no atendimento hospitalar.

Da redação do Rondônia em Pauta




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