Polícia Federal e inteligência da Previdência Social apuram atuação de grupo criminoso que tentava aliciar servidores em vários estados do país.
A Polícia Federal, em conjunto com a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social do Ministério da Previdência Social, deflagrou na manhã desta segunda-feira (17/11) a Operação Autolycus, destinada a combater fraudes na reativação e concessão de benefícios previdenciários mediante cooptação de servidores do INSS.
As apurações tiveram início em agosto de 2024, após denúncia de um servidor do INSS lotado em Porto Velho (RO), que relatou ter sido procurado por interlocutores desconhecidos com propostas para aderir ao esquema ilícito. Segundo o relato, diante da recusa, o servidor passou a receber ameaças que envolviam possíveis represálias administrativas e até exoneração, o que motivou a abertura das investigações.
A partir da denúncia, a Polícia Federal prendeu em flagrante um dos investigados, que teria se deslocado do Pará até Porto Velho (RO) com o objetivo de aliciar servidores. As diligências apontam o uso de diversas linhas telefônicas, mecanismos para ocultar a comunicação e a atuação coordenada de outros envolvidos, que chegaram a se hospedar em diferentes municípios de Rondônia para tentar atrair novos participantes.
O aprofundamento das investigações revelou que o grupo operava em vários estados, analisando o histórico funcional de servidores para identificar vulnerabilidades e, assim, oferecer vantagens ou aplicar ameaças com o intuito de obter adesão ao esquema.
A 7ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Rondônia expediu mandados de busca e apreensão, cumpridos nesta segunda-feira. O material recolhido será analisado, e as investigações terão continuidade. Os envolvidos poderão responder por corrupção ativa, corrupção passiva, associação ou organização criminosa, inserção de dados falsos em sistema público e outros crimes eventualmente identificados.
Da redação do Rondônia em Pauta


