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Para evitar desgaste de chapa da situação, Comissão Eleitoral da OAB tenta “empurrar” para o tapete graves denúncias de “gastança” de recursos


Uma grave denúncia apresentada pelo presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Rondônia (CAARO), Elton Fulber, aos associados, com farta documentação e um vídeo gravado para mostrar a gastança de recursos das anuidades, foi cerceada pela Comissão Eleitoral para evitar desgastes a chapa de reeleição liderada pelo atual presidente da Seccional da OAB de Rondônia, Márcio Nogueira. É a segunda manobra da situação para evitar o crescimento da chapa de oposição, cujo representante é o advogado Eurico Montenegro. Na primeira vez, foi necessária uma liminar para Eurico declarar-se sua condição de pré-candidato, já que o próprio Nogueira, em que pese o Provimento exigir em 30 dias para anunciar eventuais candidaturas, já estava em campanha, inclusive anunciando suas pretensões em entrevistas jornalísticas nas comemorações dos 50 anos da Ordem.

O vice-presidente da Comissão Eleitoral, Paulo César Pires Andrade, determinou a exclusão do vídeo de Fulber porque, segundo ele, “traria interpretações negativas” da conduta de candidatos. O despacho gerou indignação no meio dos advogados, já que foram produzidas reportagens e repostados os vídeos com as denúncias do presidente da CAARO. O próprio Fulber, que lamenta o corte dos repasses porque preferiu não fazer parte do grupo da situação, vê a instituição mais uma vez no centro de uma polêmica de censura. Para ele, a decisão de deletar ou apagar conteúdos que tragam críticas ou visões distintas às candidaturas representa um “retrocesso antidemocrático”, comprometendo a essência de transparência que a Ordem deveria promover. “Como podemos defender a liberdade de expressão no exercício de nossa profissão, se internamente somos calados?”, questiona Fulber.

Gastos exorbitantes com eventos e viagens

Há dias, o vídeo e os documentos comprovando as gastanças exorbitantes com viagens e eventos, inclusive entrega de medalhas, estão circulando nos grupos de WhatsApp e na mídia eletrônica. Na matéria, Fulber revela que Nogueira condicionou o retorno dos pagamentos suspensos à CAARO a uma redução de R$ 150 mil no repasse normal, condição aceita por causa do pagamento da folha salarial da entidade. Ainda segundo o dirigente da Caixa de Assistência, a gestão de Nogueira fez gastos exorbitantes, incluindo R$ 850.000,00 com a realização de um evento de um único dia e outros R$ 305.000,00 com passagens aéreas, valores que, somados, equivalem a R$ 1.155.000,00, aproximadamente dez vezes o valor que era para ter sido repassado a instituição que presta assistência aos advogados.

Por Rondoniagora





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