Operação Baile de Máscaras desvenda esquema de irregularidades em compra de máscaras de tecido durante a pandemia de COVID-19
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 18/10, a Operação Baile de Máscaras, com o intuito de investigar e reprimir crimes de fraude em licitação relacionados à aquisição de máscaras de tecido pela Secretaria Estadual de Assistência Social.
A fraude foi identificada no Chamamento Público 90/2020, destinado à compra de 248 mil máscaras de tecido no contexto da pandemia de COVID-19. O contrato firmado totalizou aproximadamente R$ 500 mil reais.
Durante as investigações, verificou-se que as duas empresas que participaram da licitação coordenaram suas propostas previamente. Surpreendentemente, ambas foram apresentadas pela mesma pessoa, que era sócio proprietário de uma delas. Além disso, constatou-se que ambas as empresas não possuíam empregados registrados, levantando suspeitas de que eram empresas de fachada.
A fraude foi agravada pelo uso de documentos falsificados na proposta da empresa vencedora. Apesar de ter recebido parte do valor antecipadamente, a entrega parcial das máscaras foi realizada com considerável atraso, levando a Procuradoria do Estado de Rondônia a buscar a rescisão contratual.
Curiosamente, as empresas vencedoras foram utilizadas como intermediárias por uma outra empresa real que forneceu as máscaras. Além disso, o sócio proprietário que encaminhou as propostas das empresas era um motorista de aplicativo de transporte.
Caso os investigados sejam condenados, poderão enfrentar penas que somadas chegam a quatro anos de reclusão.
A operação Baile de Máscaras é mais um passo crucial na busca pela transparência e integridade nos processos licitatórios, reforçando o compromisso da Polícia Federal em coibir desvios de recursos públicos.
Por RO em Pauta
