A Polícia Civil do Estado de Rondônia, por intermédio da Delegacia Especializada na Proteção a Criança e ao Adolescente – DEPCA, prendeu E. C. P. (45 anos) por estupro de vulnerável e facilitação ao acesso de material pornográfico.
A denúncia feita recentemente, informava que o professor aproveitava o horário de ensino para exibir vídeos de conteúdos pornográficos e, posteriormente, abusava sexualmente de duas crianças. Os estupros ocorreram na residência do suspeito, onde ele dava aulas particulares.
A autoridade policial solicitou exame de conjunção carnal que resultou positivo ao crime de estupro de vulnerável contra as duas crianças, especificando que os abusos começaram há pelo menos dois anos, quando elas tinham 8 anos de idade.
Diante das informações, a delegada Cheila Mara representou pela prisão preventiva em desfavor do professor, que também é publicitário.
Na tarde desta quarta-feira (29/03), os agentes do Serviço de Investigação e Capturas da DEPCA prenderam o E. C. P.. Durante o interrogatório, o indiciado permaneceu em silêncio. Ele foi encaminhado ao Sistema Prisional onde permanecerá à disposição da Justiça.
Segundo as investigações iniciais outras crianças que eram alunas do referido professor podem terem sido vitimadas por ele. Por esse motivo, a Polícia Civil pede ajuda à população para que colabore denunciando.
O estupro de vulnerável é mais comum do que imaginamos. Por esse motivo, alertamos a população para que conversem com seus filhos e caso eles relatem comportamentos estranhos, denuncie! A DEPCA fica instalada a Av. Amazonas, 6781 – Escola de Polícia.
Os pais devem estar atentos a alguns sinais que as crianças apresentam, dentre eles:
1) A Mudança de comportamento e alterações de humor.
Por exemplo, se a criança nunca agiu de determinada forma e, de repente, passa a agir. Se começa a apresentar medos que não tinha antes – do escuro, de ficar sozinha ou perto de determinadas pessoas.
A mudança de comportamento também pode se apresentar com relação a uma pessoa específica, o possível abusador.
“Como a maioria dos abusos acontece com pessoas da família, às vezes a criança apresenta rejeição a essa pessoa, fica em pânico quando está perto dela. E a família estranha: ‘Por que você não vai cumprimentar fulano? Vá lá!’. São formas que as crianças encontram para pedir socorro e a família tem que tentar identificar isso.”
2) Proximidade excessiva!
Apesar de que, em muitos casos, a criança demonstrar rejeição em relação ao abusador, é preciso usar o bom senso para identificar quando uma proximidade excessiva começa a ser percebida.
3) A criança ou adolescente pode repentinamente ficar mais retraído(a), deprimido(a) ou agressivo(a).
“É possível observar também as características de relacionamento social dessa criança. Se, de repente, ela passa a apresentar comportamentos infantis divergentes da sua idade, ou querer apresentar comportamentos de adultos.
Para manter o silêncio da vítima, o abusador pode fazer ameaças de violência física (a ela ou a familiares) e promover chantagens para não expor fotos ou segredos compartilhados pela criança.
É comum que usem presentes, dinheiro ou outro tipo de benefício material ou emocional(por carência) para construir a relação com a vítima. É preciso também explicar para a criança que nenhum adulto ou criança mais velha deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com adultos de confiança, como a mãe ou o pai.
Por Elinaldo de Oliveira Bonfim – Assessor de Comunicação da PCRO