Ocupação de leitos chega a maior índice desde o início da pandemia no município, com 32 internados
O prefeito Eduardo Japonês articulou com as cidades de Colorado do Oeste e Cerejeiras o aumento do número de respiradores em Vilhena. Juntas as cidades enviaram a Vilhena cinco respiradores em um esforço conjunto da Saúde do Cone Sul para a enfrentar a pandemia, que se agrava a cada dia na região. A ajuda vem em bom tempo devido ao grande aumento no índice de ocupação dos leitos da Central de Atendimento à Covid.
“Estamos fazendo nosso máximo, nosso máximo. Estamos nos preparando para o pior. Há ainda uma dificuldade na contratação. Já entrei em contato individualmente com médicos e enfermeiros, em diversos estados, mas nenhum profissional está disponível para contratação. Precisamos da colaboração da população, pois nosso sistema de Saúde tem um limite”, alerta a diretora do Hospital Regional de Vilhena, Siclinda Raasch.
Em face do problema, o prefeito de Vilhena, Eduardo Japonês, conversou com os prefeitos Professor Ribamar e Lisete Marth, de Colorado do Oeste e Cerejeiras, em uma articulação pela defesa da Saúde do Cone Sul. “Agradeço à parceria importante que ambos fizeram com Vilhena. Colorado nos enviou dois respiradores e Cerejeiras enviou três. Essa união para combatermos a pandemia nos dará forças. De qualquer forma, a maior estratégia de Saúde neste momento é a prevenção de cada um. Tudo depende dos cuidados básicos e individuais, que são lavar a mão, evitar contato físico, usar máscara e higienizar os ambientes de trabalho. Vamos nos cuidar!”, revela Eduardo Japonês.
Dessa maneira, atualmente, considerando a dificuldade no número de profissionais de Saúde e de aparelhos, a Central de Atendimento à Covid-19 tem 15 respiradores disponíveis para funcionamento e cinco em manutenção na empresa Medical Center, responsável pelos reparos de equipamentos do Hospital Regional de Vilhena. Na empresa ainda há dois respiradores do Hospital Regional em manutenção, que após consertados serão utilizados em outras alas da unidade, como salas vermelha e amarela ou pronto-socorro. A previsão dos técnicos da empresa é que seja concluído o reparo em um respirador nesta semana e os demais ainda continuarão no conserto.
Em face das complicações na contratação de profissionais de Saúde e no desgaste dos aparelhos respiradores que ficam ligados 24 horas por dia, a Central chega nesta quinta-feira com capacidade de funcionamento de 15 leitos de UTI, sendo 12 ocupados. A taxa de ocupação da UTI, por isso, alcança 80%, limite a partir do qual a Prefeitura poderá, após deliberação em conjunto do Comitê Gestor Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus, decretar fechamento (lockdown) de atividades no município.
“A piora dos pacientes é repentina, mas a recuperação é lenta. A resposta de cada um é diferente. Temos previsão de duas a três altas hoje, mas, pessoal, vamos cuidar. A covid-19 está matando. Quem está fazendo festas, vamos respeitar as regras. Estamos com muitos pacientes jovens aqui, que também estão sendo atingidos em cheio pela doença com quadros gravíssimos”, explica o médico André Oliveira, que atua na Central de Atendimento à Covid-19.
Leitos adicionais devem entrar em funcionamento para a Enfermaria ainda nesta semana após readequação de sala no Hospital Regional de Vilhena em caráter emergencial. O médico Willian Sabino do Hospital Regional também faz alerta. “Todos os nossos 20 leitos clínicos da Enfermaria estão ocupados. Pedimos a consciência a população, para não aglomerar, porque aqui em Vilhena está muito alto o índice de contaminação. Segundo estudos sabemos que o pico desta segunda onda pode ser nos próximos dias. Temos que nos cuidar”, revela.
Semcom