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Tá na cara; artigo do professor Ivanor Luiz Guarnieri

A cara da pessoa é seu primeiro cartão de visita. Para comprovar isso, basta que você recorra a sua própria atitude quando conhece alguém. A primeira coisa que fazemos é olhar o rosto da pessoa, suas expressões e simpatias. Em seguida, o aperto de mão é realizado. Nesse ato procuramos observar se a pessoa tem mão forte e decidida, se é uma mão frouxa, entre outros detalhes. O aperto firme é indicativo de pessoa decidida. O aperto muito forte pode indicar fraqueza, isso mesmo, alguém que sendo limitado procura compensar isso tentando mostrar força ou macheza.

Com relação ao rosto, a primeira busca que fazemos é pela simpatia. Nesse caso, um rosto com sorriso é mais leve do que um rosto carrancudo. A beleza da pessoa depende de genética, mas principalmente da educação, que torna alguém mais polido ou mais grosseiro. Dizer que o exterior reflete o interior parece um clichê, mas nos ditados populares se encontram muitas verdades. Por exemplo, alguém arrogante dificilmente consegue esconder sua arrogância por muito tempo. Grosseiros costumam agir com prepotência, às vezes para esconder uma fraqueza que não gostaria de ver conhecida das pessoas. Gente que reconhece seus próprios erros dão o primeiro passo para se aperfeiçoarem. Aqueles que se escondem na prepotência estão indispostos ao progresso pessoal, já que a brutalidade de seus gestos e palavras servem como uma cerca de proteção para que seus equívocos não transbordem em direção à luz do dia.

O cuidado em não expor intimidades é uma atitude inteligente e louvável. Nada mais desagradável do que alguém que despeja suas frustrações sobre os ouvidos alheios. Que vantagem pensa conseguir aquele que informa aos demais sobre seus planos e preferências? Por outro lado, silenciar para sempre é improvável. Há uma solução, encontrar confiança nos amigos para partilhar melhor a própria vida. Mas, desde o primeiro cumprimento até a formação da amizade capaz de permitir expor projetos pessoais, e mesmo preferências políticas, há que se considerar tempo de convívio e confiança recíproca.  Ao escrever esse texto eu me exponho. Tenho isso claro? Não sei. Tudo depende de como aquilo que escrevo é recepcionado pelo leitor.

O Facebook trouxe uma série de vantagens para todos. Pessoas que jamais se encontrariam de novo conseguem se ver e trocar mensagens. Depois de tanto tempo, estranhamos o envelhecimento dos amigos. Eles, por sua vez, ao verem nossa cara depois de um longo período também se assustam.

Se a vida é feita de compartilhamentos, mas também de segredos, fico me perguntando: o que algumas pessoas acham que vão ganhar expondo ideias políticas que defendem com informações falsas? Vídeos recortados e montados, no qual a imagem do personagem em questão dá “pulinhos” e as falas são truncadas, são exemplos mais gritantes de que o ridículo não parece tão ridículo quando colocado nas redes sociais.

Imagine pessoas reunida, em uma roda de conversa. De repente alguém resolve mostrar algo que para ela é verdadeiro. Puxa o celular, estica o braço quase esfregando nos narizes das pessoas, para que os outros vejam a coisa mais extraordinária que ela tem para mostrar. Infelizmente, alguém tem a coragem de dizer que aquilo é uma notícia falsa e, com argumentos e informações irrefutáveis, em poucos segundos faz desmascara o tal vídeo. Nesse momento, quem quis exibir o vídeo tende a ficar: com vergonha, com raiva ou as duas coisas junto. Se for do tipo arrogante, vai tentar retrucar e desmentir o indesmentível.

Prof. Dr. Ivanor Luiz Guarnieri (UNIR)

Mas, se for no Facebook, então terá adeptos, repetirá grosserias, e nem se dará ao trabalho de lembrar que sua imagem pública está sendo corroída por uma paixão política difícil de largar e quase impossível compreender, paixão que não é pó de arroz, mas está na cara, ao menos nessa cara pública que chamamos Facebook. Quão simpáticas ou grosseiras têm sido essas caras facebookianas que esgrimam postagens para amigos virtuais? Cada um com seus contatos.





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