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União Brasil e MDB juntos nas eleições gerais de outubro em Rondônia

Os emedebistas Mosquini e Raupp alinham parceria com o governador Marcos Rocha do União Brasil

A proximidade das convenções partidárias para definição das chapas majoritárias (presidente da República, governadores e senadores) e proporcionais (deputados federais e estaduais) acelera a movimentação das lideranças nos bastidores da política. Dirigentes partidários estão ajustando suas bases na capital e no interior em busca de formar grupos fortes para enfrentar as urnas em outubro próximo.

É importante alertar que este ano não teremos mais as coligações, que permitiam que os candidatos bons de votos elegessem deputados e vereadores com votações mínimas ficando de fora adversário com até o dobro de votos. Hoje são eleitos somente os mais bem votados de cada partido, mesmo que estejam unidos em federações, que garante campanha conjunta, mas são eleitos somente os proporcionais mais bem votados de cada partido, desde que cumpram o quociente eleitoral e a cláusula de barreira, por exemplo.

A recente decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins suspendendo as condenações por improbidade administrativa, que deixa o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda elegível para as eleições de outubro próximo também poderá abrir espaço para o ex-governador Ivo Cassol (PP). Ele tem condenação por improbidade desde quando foi prefeito de Rolim de Moura. O ato de Martins, ainda, será analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo dia 3. Não é definitivo.

Além de a possibilidade de Cassol poder concorrer ao governo do Estado este ano, a movimentação política já é enorme e deverá crescer significativamente até as convenções partidárias, para escolha dos candidatos a presidente da República, governadores e respectivos vices; um dos três senadores de cada Estado e do Distrito Federal, além dos deputados estaduais e federais, que serão realizadas no período de 20 deste mês de julho, até 5 de agosto. A correia é enorme em busca de bons nomes para enfrentar as urnas.

Além da expectativa pela possibilidade de Cassol poder concorrer, a Frente Democrática, composta pelo PT, PSV, PCdoB, Solidariedade, PV, Psol e Rede já está com a chapa majoritária pré-definida com Vinícius Miguel (PSB) a governador, Anselmo de Jesus (PT) de vice e o ex-governador Daniel Pereira (Solidariedade), ao Senado.

Outro quadro que está sendo composto visando as eleições 2022 é o futuro do MDB, que já foi o maior partido do país. O líder maior em Rondônia, hoje, o senador Confúcio Moura disse publicamente que não pretende concorrer nas eleições deste ano. Os políticos mais expedientes garantem que ele estaria blefando e que, na última hora colocaria seu nome a governador para atender pedido da maioria dos correligionários.

Ocorre que o presidente do diretório regional do MDB em Rondônia, deputado federal Lúcio Mosquini, pré-candidato à reeleição, e o ex-senador Valdir Raupp, que foi defenestrado por Confúcio e seu grupo, do comando do MDB, mas continua sendo uma liderança significativa do partido estariam dispostos a apoiar a pré-candidatura à reeleição do governador Marcos Rocha, presidente regional do União Brasil. As negociações estariam avançadas e, caso a composição seja formatada teremos um grupo de enorme peso político, para concorrer nas eleições deste ano.

O deputado federal e presidente regional do Podemos, Léo Moraes é mais um postulante à sucessão estadual. É pré-candidato e está trabalhando na composição de um grupo forte juntando forças com o PP, que tem como presidente regional a deputada federal e pré-candidata ao Senado, Jaqueline Cassol.

A exemplo dos pré-candidatos a governador Rocha, Léo não tem definido a pré-candidatura a vice, que deverá sair da provável composição com o PP. Chapa completa somente da Frente Democrática.

Outro grupo forte e também sem pré-candidato a vice é do senador e presidente regional do PL, Marcos Rogério. Tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro, que é do seu partido e conta com o empresário Jaime Bagattoli, de Vilhena, como pré-candidato ao Senado.

O deputado federal e presidente regional do PSD, Expedito Netto é pré-candidato à reeleição. O grupo tem o ex-senador Expedito Júnior, liderança regional consolidada como pré-candidato a senador. Durante um longo período foi tentada uma composição com o PL, mas o acordo não foi confirmado e o grupo, provavelmente não terá nome para concorrer ao governo do Estado, somente ao Senado e aos cargos proporcionais.

Nos últimos dias a maior novidade na política regional é a proximidade de Mosquini e Raupp com Marcos Rocha. Não há dúvidas que, caso seja consolidada a união a pretensão do governador Rocha fica fortalecida e o MDB poderá garantir a vaga que já ocupa na Câmara Federal com Mosquini, e até ampliar a bancada estadual, hoje composta pelo deputado Jean Oliveira, que preside o partido em Porto Velho.

Temos pouco mais de três semanas, para que os nomes dos candidatos aos cargos majoritários e proporcionais sejam definidos visando as eleições de outubro. Por uma questão de bom senso, pois prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, as expectativas sobre as mudanças pós-convenções no quadro que motivou a Opinião da semana são mínimas.

Por Waldir Costa / Rondoniadinamica




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