A vereadora Vivian Repessold (PP) entrou em contato com a redação do Rondônia em Pauta para dar a sua versão dos fatos sobre o episódio ocorrido hoje envolvendo ela, a secretária de Educação Amanda Areval e seu chefe de gabinete Willian Braga.
O Rondônia em Pauta também entrou em contato com a secretária de Educação Amanda Areval, que confirmou os fatos veiculados na imprensa local, mas alegou que não poderia conversar. O jornal deixa o espaço aberto.
Confira a seguir, a carta que a vereadora Vivian Repessold enviou:
Hoje estou como vereadora, mas eu sou professora de carreira e de coração. O sonho de representar a Educação na Câmara começou em conjunto com meus colegas professores, colegas estes que assim como eu sempre se sentiram desvalorizados, perseguidos por uns e calados por outros. O professor sempre sofreu nesse país.
Acho muito estranho a SEMED criar tanto empecilho para que eu desenvolva minha profissão e a concilie com a vereança. O que aparenta é que estão criando uma situação para enfraquecer nossa atuação parlamentar que, inclusive, está voltada para a defesa da Educação.
O que a Semed ganha com isso? Ou melhor, quem ganha com isso?
Estão dizendo que minha lotação provisória é reflexo dos concursados que serão chamados para a extensão, o que na verdade não é bem por aí. Os efetivos no qual também luto para que sejam chamados não atrapalham em nada minha atual lotação.
Sou professora do EJA e tenho alunos que estão lutando para alcançar uma alfabetização, alunos que confiam no nosso trabalho e que sentem o impacto da troca repentina de professores.
A pergunta é: e esses alunos? Será que estão mesmo pensando na educação e na alfabetização ou tudo isso não passa de perseguição política? Até quando nós profissionais da educação seremos perseguidos por nossas opiniões e não reconhecido por nossas atuações?
O que vão fazer sobre o espaço que ficará aberto de minha lotação? Chamarão um hora extra? Colocarão todos na turma da extensão tirando o direito deles de ter aulas presenciais?
Muito fácil falar em ameaça, quando na verdade o que está havendo aqui é perseguição política.
Tiveram todo o tempo da pandemia para arrumarem as escolas e organizarem com a volta dos professores e demais funcionários. Eu conheço a educação, fui secretária e sei que tudo isso pode ser resolvido de forma diferente, mas os motivos não são administrativos, são políticos!
Vejo diretores e professores fazendo milagres para dar atendimento aos alunos e, em contrapartida, a secretaria fica dificultando a lotação de quem quer trabalhar.
Eu me candidatei para por um fim em perseguição, desvalorização e falta de reconhecimento para com nós professores.
Da redação do Rondônia em Pauta