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Vídeo: em jejum, pacientes são obrigados a esperar horas em pé e no sol em hospital de Cabixi


Em meados de março, Ministério Público começou a investigar irregularidades apuradas pelo Coren na Unidade Mista de Saúde do Município de Cabixi.

Moradores indignados com o descaso na Saúde no município de Cabixi, encaminharam um vídeo à reportagem do Rondônia em Pauta onde é possível ver pacientes que estão na fila de espera desde as 5h30 da manhã.

No local, que segundo a fonte é a Unidade Mista de Saúde do Município de Cabixi, é possível ver que não há lugar para sentar, também não há nada que possa brindar uma sombrinha aos pacientes que já chegam debilitados para serem atendidos ou, em jejum, para realizar exames.

Izael Dias Moreira, prefeito de Cabixi e Jair Godinho, secretário municipal de Saúde
Em áudios veiculados em grupos do município, os moradores cobram do prefeito Izael Dias Moreira (PP) e do secretário de Saúde Jair Godinho da Silva providências para dar dignidade aos cabixienses que precisam de atendimentos e pagam impostos dentro do município.

“Cabe ressaltar que não há indícios de nenhuma manifestação por parte da Câmara de Vereadores do município, que tem o poder e a obrigação de fiscalizar”, cita a fonte, que preferiu o anonimato com medo a represálias.

SAÚDE SOB INVESTIGAÇÃO DA JUSTIÇA

No dia 14 de março, o Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça da Comarca de Colorado do Oeste, instaurou Inquérito Civil para apurar irregularidades na Unidade Mista de Saúde do Município de Cabixi.

O procedimento, presidido pelo Promotor de Justiça Thiago Gontijo Ferreira, levou em consideração irregularidades encaminhadas ao MPRO pelo Conselho de Enfermagem de Rondônia – COREN.

De acordo com o relatado pelo COREN, há insuficiência de enfermeiros para cobertura de plantões, gerência da enfermagem e índice de segurança técnica; existe apenas um único enfermeiro diariamente para todos os serviços, exceto para os casos de Covid e, mesmo assim, há plantões sem enfermeiro; a central de materiais e esterilização funciona sem supervisão e orientação de enfermeiro; o hospital fica sem enfermeiro quando ele acompanha pacientes em ambulância.

Outros fatos graves apontados pelo Conselho de Enfermagem: na maioria dos plantões não há técnicos em enfermagem na central de materiais de esterilização e na triagem do pronto-socorro; o hospital não tem equipe pré-hospitalar, exigindo que os profissionais de plantão se desloquem para áreas urbana e rural. Também não há equipe definida para assistência inter-hospitalar, além de a estrutura física e organizacional ser precária, dentre outras irregularidades, inclusive medicamentos vencidos e insuficiência de equipamentos de proteção individual.

No Inquérito Civil, o Promotor de Justiça Thiago Gontijo Ferreira oficiou à Prefeitura de Cabixi e à Secretaria de Saúde, para que, num prazo máximo de dez dias úteis, cumpram as seguintes determinações: informar a quantidade de enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem que trabalham no hospital, áreas em que cada um trabalha e escalas dos últimos 12 meses; enviar cópia das escalas de plantões do setor da covid-19 dos últimos 12 meses; informar se o serviço de atendimento à Covid fica nas dependências do hospital; caso negativo, informar onde está localizado; informar nome do enfermeiro responsável pela central de materiais e esterilização; enviar relação dos médicos, enfermeiros e técnicos que acompanharam cada paciente transportado para outras unidades nos últimos 43 meses; enviar escala dos plantões para os próximos 30 dias; dentre outras respostas às irregularidades descritas no relatório de fiscalização do COREN.

Da redação do Rondônia em Pauta




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