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Vídeo: ‘Quem não deve, não teme’, diz vereadora após CPI não avançar pela falta de uma assinatura, em Vilhena

Houve troca de farpas após discurso da vereadora

Vereadora Professora Vivian Repessold

Em um discurso emocionado durante a útlima sessão legislativa de Vilhena, a vereadora Vivian Repessold (PP), expressou sua frustração com a falta de progresso nas pautas dos servidores públicos do município. Ela destacou a importância da transparência e da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar questões orçamentárias. A falta de uma assinatura impediu o avanço da CPI, e Vivian fez um apelo aos vereadores para reconsiderarem sua decisão.

Posteriormente, como pode ser visto no vídeo abaixo, dois vereadores refutaram o posicionamento da vereadora, um deles chegou a trocar farpas.

Confira trechos do discurso da vereadora:

Começarei a minha fala expressando o meu sentimento de frustração, pois nós não estamos conseguindo avançar em nossas pautas. Infelizmente, nós, servidores aqui do município de Vilhena, não estamos conseguindo avançar em nossos direitos. Há muitos dias, a gente vem conversando aqui com os parlamentares, com a classe, sobre todo o processo que estamos fazendo através do nosso papel enquanto parlamentar, que é acompanhar, fiscalizar e solicitar informações. Realmente, através de diálogo, documentos e requerimentos, estamos seguindo esse passo a passo aqui no município de Vilhena.

Nós chegamos a uma situação onde o Sindsul protocolou, com inúmeras assinaturas, um pedido de abertura de uma CPI a esta Câmara de Vereadores. O motivo de uma CPI é para que possamos ter mais conhecimento, para que possamos estudar mais profundamente, com pessoas capacitadas, especializadas, profissionais de cada departamento, para que possamos chegar a uma conclusão. Porque ouvimos o nosso prefeito falar hoje que nós não temos recursos, que o índice está alto, mas nenhum vereador aqui sabe realmente se isso é verídico ou não. Nós temos dúvidas referentes a essa situação, pois os inúmeros ofícios e requerimentos que enviamos não foram respondidos a tempo.

A CPI serviria para que nós não tivéssemos essa incerteza. O prefeito está certo? Ele realmente apresentou todos os pontos que precisamos saber para avançar nesse assunto ou para encerrá-lo? Além disso, esse assunto não é interessante para o município, pois o desgaste da classe ocorre todos os dias. Esse desgaste se estende à saúde mental dos servidores, e eu usarei aqui um jargão que a polícia usa muito: “Quem não deve, não teme.”

E eu trago isso hoje para vocês aqui: “Quem não deve, não teme.” Eu trouxe mais uma vez o texto da abertura da CPI, onde quero agradecer, como servidora e educadora, ao presidente da casa, Samir Ali, à vereadora Clérida e ao vereador Ronido, que está de atestado, por acreditarem na luta e por acreditarem no servidor público. Agradeço por entenderem que o que estamos pedindo aqui é apenas saber a verdade. Aqui ninguém está para condenar o prefeito ou não, apenas para investigar, apenas para saber a verdade.

Parabenizo vocês, vereadores, por realmente comprarem essa luta. Para o servidor em seu dia a dia, não está fácil. Para o servidor que está lá com 35 a 40 crianças em uma escola, enfrentando problemáticas de uma família, isso é desgastante e faz com que ele se sinta desvalorizado. Não é fácil. Muito obrigado a vocês por entenderem essa situação e simplesmente aceitarem abrir uma investigação.

Essa investigação que seria aberta não seria para condenar ninguém, seria para que possamos acompanhar. E eu volto a falar: “Quem não deve, não teme.” Infelizmente, hoje, vamos encerrar esse assunto da CPI porque faltou uma assinatura. Não tivemos a quinta assinatura para podermos, pelo menos, descobrir se o prefeito estava correto ou não, se estamos indo pelo caminho certo ou não.

Em nenhum momento, a classe do servidor público, e eu estendo isso a todos, está aqui para atrapalhar o andamento do município. Estamos aqui para dar o nosso melhor, trabalhar arduamente para que a população seja atendida com dignidade, valorização e cumprimento das leis. Nós tivemos essa semana no STF a decisão sobre a constitucionalidade do piso da educação, mas ainda temos resistência ao seu cumprimento aqui em Vilhena. Nós ainda teremos que judicializar uma lei que deveria ser cumprida naturalmente.

Por que não podemos cumprir a lei? Por que também não podemos ter apoio para a abertura de uma CPI? Algo não está certo, as falas não estão batendo. E eu fico com a pergunta que não quer calar: “Quem não deve não teme.” Essa investigação poderia realmente dar créditos ao prefeito, colocá-lo em uma situação em que ele poderia dizer: “Olha, gente, está aí, eu falei, vocês querem investigar, querem averiguar mais profundamente, está aí.” Mas não do jeito que está sendo feito.

Não podemos avançar dessa forma. Quando se chega a uma situação dessas, é um desgaste muito grande, e a saúde mental, mais uma vez cito, fica comprometida. Não é fácil trabalhar se sentindo desvalorizado. Eu quero agradecer também a Isaac Laurentino da Positiva, Elton do Bronca Livre, Dimas do Folha do Sul, Orlando do Extra, Nano do Rondônia em Pauta, Blog Painel Político de Alan Alex e Quevedo do Alô Rondônia, porque o professor não tem dinheiro para pagar a imprensa. O que ganhamos mal dá para o nosso sustento, mas essa mídia foi comprometida com a causa, trouxe a realidade que o professor está passando. Notícia de imprensa livre com ética, parabéns a vocês que acompanharam essa luta do professor.

E eu deixo aqui mais uma vez, enquanto estamos na sessão, o meu pedido. A CPI está aqui, ainda existe a possibilidade de vocês reverem os seus posicionamentos, senhores vereadores. Ainda existe.

Confira o vídeo do discurso:

Por Rondônia em Pauta





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