Imagens registradas por moradores do bairro Flodoaldo Pontes Pinto mostram cobra tentando engolir gato. Réptil foi resgatado pelo Ibama para ser solto na natureza.
Uma sucuri-verde foi filmada devorando um gato no meio da rua Frederico de Freitas, na noite de quarta-feira (29), no bairro Flodoaldo Pontes Pinto, em Porto Velho.
Ao g1, Nathalia Monteiro, moradora do bairro, contou que estava em casa e ao ir deixar um amigo no portão foi surpreendida com a cena da cobra devorando o gato.
“Quando chegamos na frente de casa já havia algumas pessoas filmando a cobra. Nessa hora o gatinho já estava morto. Logo depois a gente entrou em contato com o pessoal do Ibama”, conta.
Uma outra moradora contou que o gato atacado pela cobra vivia pelo bairro e não tinha dono, mas sempre era alimentado com ração pelos vizinhos.
Segundo o biólogo Adriano Martins, especialista em herpetologia, a cobra filmada devorando o gato é da espécie Eunectes murinus, também chamada de sucuri-verde.
Pesada e longa, a sucuri-verde é também a maior espécie de sucuris que existe. Os machos podem alcançar uma média de 3,5m de comprimento, já as fêmeas adultas podem chegar a 5 metros. Em casos mais raros, podem atingir tamanhos maiores, de até 6m.
Por conta do número de pessoas que estavam ao redor, a sucuri (que ainda é um filhote) desistiu de engolir o gato, em Porto Velho.
Logo depois, uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) chegou na rua e resgatou a sucuri para soltar na natureza.
Cobra x chuva
O biólogo Flávio Terassini afirma que no período de chuvas é mais comum o aparecimento de répteis em ruas e residências na zona urbana das cidades, principalmente serpentes.
Isso porque, a água da chuva acaba inundando a toca onde os animais se escondem, e por isso eles procuraram refúgio e alimentos na cidade.
Terassini destaca que, em hipótese alguma, a pessoa deve tentar capturar ou pegar nas cobras, já que muitas podem ter veneno e podem picar para se defender e caso apareça, é importante que o morador acione o Corpo de Bombeiros, a Polícia Ambiental ou Ibama para fazer o resgate e a soltura em local adequado.
Por Jheniffer Núbia, g1 RO