O Diabetes Melitus constitui uma das doenças mais importantes e mais perigosas da atualidade que vem atingindo cada vez a mais pessoas no Brasil
[dropcap]E[/dropcap]xiste um aumento do número de pessoas convivendo com Diabetes Melitus em todo o mundo. Hoje no Brasil tem-se uma estimativa de 15 milhões de diabéticos.
A doença inclui um conjunto de transtornos metabólicos caracterizados por glicemia elevada (glicose em excesso no sangue). A glicemia elevada se manifesta clinicamente por muito apetite, muita sede e urina frequente (vontade de fazer xixi a toda hora). Perda de peso. Turvação visual.
Existem dois tipos de Diabetes Melitus: A Diabetes Melitus Tipo I e Diabetes Melitus Tipo II.
O Tipo I aparece antes dos 35 anos de idade, em crianças e adolescentes, e precisa de tratamento com insulina.
O Tipo II aparece em pessoas maiores de 35 anos de idade. E o tratamento é feito com hipoglicemiantes orais ou insulina.
Mais o que é a diabete? A diabete é uma doença que aparece porque o pâncreas não produz insulina. A insulina e um hormônio que capta a glicose ou açúcar no sangue e a guarda nos músculos. Como a produção de insulina diminuída, este processo de captar glicose não se produz, e a glicose permanece circulando em sangue em níveis elevados.
A glicose elevada pode levar a complicações agudas como Cetoacidose e Síndrome Hiperosmolar.
A glicose elevada em longo prazo associa-se a lesões nos vários órgãos, especialmente olhos, rins, coração, nervos e vasos sanguíneos.
A glicose elevada produz lesões em veias e artérias pequenas, ocasionando a microangiopatia diabética, e nos nervos ocasiona a neuropatia diabética. Nós temos vasos sanguíneos pequenos no fundo do olho, nos dedos das mãos e dos pés, e os diabéticos vão apresentar turvação visual, dormência nos dedos das mãos e dos pés, e apresentar também dores nas pernas.
O Diabetes Melitus encontra-se frequentemente associada a outras doenças, como Hipertensão arterial, dislipidemia (colesterol e/ou triglicérides elevados); aumentando o risco de doenças cardiovasculares (infarto de coração), doenças cerebrovasculares, doenças arteriais periféricas.
Diabete Gestacional
O Diabetes Melitus e uma das complicações médicas mais comuns da gestação. O diabete gestacional é a hiperglicemia (glicemia elevada no sangue) detectada pela primeira vez na gestação. Para o rastreamento e o diagnóstico do diabete melito gestacional a recomendação é que se realize exame de glicemia em jejum na primeira consulta obstétrica, repetir o exame entre a 24 e 28 semanas de gravidez.
A ocorrência de diabetes melitus durante a gravidez implica risco de complicações e risco de vida tanto para a mãe como para o filho.
É muito importante a diferenciação entre os tipos de diabete, a primeira quando a mulher com diabete engravida (DIABETE PRE-GESTACIONAL), a segunda, quando a mulher antes da gravidez não apresenta diabete, mas são diagnosticadas glicemias elevadas durante a gravidez (DIABETES GESTACIONAL). O diabete pre-gestacional é mais grave, pois seu efeito começa na fertilização e implantação. O controle inadequado da diabete no momento da concepção ou durante o primeiro trimestre da gestação pode ocasionar malformações congênitas e abortos espontâneos.
O feto grande ao nascer é a manifestação mais característica da DIABETES MELITUS GESTACIONAL as crianças nascem com peso maior de 4,000 g e pode predispor traumas obstétricos se o parto for por via transvaginal. (parto normal). Por outro lado, as crianças nascidas de gestação que cursou com DIABETES MELITUS GESTACIONAL apresentam maior probabilidade de desenvolver obesidade e diabetes na faixa etária de 10 a 39 anos.
Diabete tem cura? Não, não tem cura, mais tem tratamento, existem ótimos esquemas de tratamento com hipoglicemiantes orais e insulina para um adequado controle da doença, e assim evitar as complicações da diabete.