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Morre Jaime Lerner, arquiteto que fez projetos urbanísticos para Vilhena

Em março deste ano, ele testou positivo para o novo coronavírus. À época, Lerner já havia tomado as duas doses da vacina, contudo ainda não estava no período de imunidade.

Jaime Lerner, ex-governador do Paraná, morreu nesta quinta-feira (27) aos 83 anos. Arquiteto de formação, ele foi três vezes prefeito de Curitiba e ficou internacionalmente conhecido pela implementação do sistema integrado de transporte público da capital paranaense, na década de 1970.

Ele estava internado desde o dia 21 de maio no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, em Curitiba, após apresentar um quadro de febre. Segundo hospital, morte se deu por complicações de doença renal crônica. Ele vinha fazendo hemodiálise há algum tempo e, diante disso, foi hospitalizado.

Em 26 de janeiro de 2019, o prefeito Eduardo Japonês deu a ordem de serviço para a realização de estudos de macroestruturação urbana, para embasar a revisão do plano diretor do município. Na ocasião foi assinado o contrato com a Jaime Lerner Arquitetos Associados em Curitiba, onde está sediada a empresa, cujo um dos sócios é o arquiteto e urbanista Jaime Lerner. O contrato foi orçado em aproximadamente R$ 600 mil.

Jaime Lerner e sua equipe fizeram diagnósticos de diversas áreas e pontos da cidade, analisando sua arquitetura, geografia, história e economia. Todas as etapas do trabalho tiveram o acompanhamento de uma comissão multidisciplinar, formada por servidores municipais das secretarias de Terras, Planejamento e Meio Ambiente.

Confira o projeto:

REQUALIFICAÇÃO DA MAJOR AMARANTE – A criação do “Passeio Major Amarante” de praça a praça é uma das propostas que mais impressionou e arrancou aplausos da plateia. A proposta dos urbanistas é aproveitar uma das vias da avenida como calçadão em um espaço de “shopping a céu aberto”, com equipamentos públicos de circulação de pedestres, arborização nativa e patamares que promovam a socialização dos transeuntes em frente ao comércio da Major. Três quadras, entre as avenidas Quintino Cunha e Costa e Silva, serão as primeiras a receber as obras.

MERCADO MUNICIPAL – A feira do Centro também poderá passar por uma completa reforma e recuperação. Uma ampla ação de urbanismo no estacionamento permitirá mais área livre para circulação, organização dos feirantes, zona de carga e descarga, além de promover revitalização histórica e econômica do espaço, que deverá passar a funcionar não apenas nos fins de semana, mas todos os dias com o nome de Mercado Municipal de Vilhena.

CENTRO CÍVICO – Discutida há cerca de 10 anos, uma reforma no Paço Municipal chegou a ser tema de projetos e sugestões arquitetônicas na cidade. Agora, o escritório de Jaime Lerner apresentou uma opção de futuro investimento no local que criará uma estrutura de madeira que permitirá maior circulação social e utilização de temas regionais na ambientação. O projeto não está entre as prioridades da atual gestão, mas serve de norte para futuras ações neste sentido.

PARQUE ECOLÓGICO RONDON – O Meio Ambiente está presente em todos os projetos, mas este é o foco principal: a criação de um amplo parque ambiental com jardim botânico, centro de convenções, museu, palco musical, galeria de arte, pistas de caminhada, ciclovias, cinturão verde, quadras esportivas, lagoas, decks, trilhas, jardins, horto e até mesmo a sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

EIXO AMBIENTAL PIRES DE SÁ – A recuperação de todo o rio Pires de Sá na extensão urbana daria lugar a um grande parque de convivência pública com ciclovias, pontes, áreas para eventos, pistas de caminhada, parque urbano, decks, equipamentos de lazer para crianças e adultos, além de quiosques de alimentação.

DISTRITO TECNOLÓGICO – Na avaliação da equipe de arquitetura de Curitiba, o bairro que deve receber a maior concentração de indústrias, empresas tecnológicas, incubadoras de negócios, hotéis, grandes empresas e universidades deve ser uma área próxima ao Barão do Melgaço 3, de forma contígua ao Ifro (Instituto Federal de Tecnologia, Ciência e Educação de Rondônia) de Vilhena, com entrada na BR-174.

POLO CAMINHONEIRO – O antigo problema com o estacionamento de caminhões poderá ser resolvido com a construção de um grande polo logístico para os caminhoneiros, localizado dentro do projeto na BR-364. No local seriam edificados um grande pátio de estacionamento, central de frete, hospedaria, refeitório, ambulatório, conveniência, equipamentos de lazer, hotel, praça de alimentação, churrascaria, posto de combustível, oficinas, autopeças, banheiro, concessionária e área de logística. Delimitada pelo poder público, a área será ocupada por empresas particulares concessionárias do serviço, caso o projeto venha a ser executado.

REQUALIFICAÇÃO DA BR-364 – Os 17 quilômetros de BR-364 na zona urbana da cidade são fruto de preocupação, acidentes e celeumas entre os motoristas de carros, pedestres e condutores de caminhões. O fluxo de veículos bem como a problemática da travessia na rodovia podem ser resolvidos com a redistribuição dos trevos e rotatórias, além do aproveitamento das áreas adjacentes da BR-364, entre a rodovia e as marginais.

MIRANTE PORTAL DA AMAZÔNIA – Para fechar a apresentação, os arquitetos presentearam o público com a exibição de um projeto imponente de um mirante colocado na confluência entre as duas rodovias, BR-364 e BR-174. Feito de metal e madeira, o local seria um marco para a entrada da Amazônia, serviria de ponto de observação com cerca de 60 metros de altura, além de conter uma caixa d’água que abasteceria os jardins suspensos em sua estrutura e os lagos propostos na requalificação da BR-364.

Da redação do Rondônia em Pauta




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