Menopausa e o nome que se da à última menstruação; a mulher sabe quando foi sua menopausa quando um ano depois de ela acontecer lembra e diz: “minha ultima menstruação foi em Janeiro de 2012”, depois que a mulher passou doze meses sem menstruar.
[pullquote]O termo PERI-MENOPAUSA é o tempo em torno da menopausa que se dá imediatamente antes e depois da menopausa.[/pullquote]
[dropcap]A[/dropcap] menopausa é a cessação permanente da menstruação, ocorre entre os 45 e 55 anos resultante da falta da atividade dos ovários. MENOPAUSA significa literalmente PAUSA DA MENSTRUAÇÃO.
O corpo da mulher durante a menopausa passa por várias mudanças, resultante da involução dos ovários. O ovário e o órgão que guarda toda a função reprodutiva na mulher.
A cessação do funcionamento dos ovários leva a uma diminuição nos níveis de hormônios femininos, estrogênio e progesterona.
Consequência de isto, as mulheres experimentam sintomas relacionados com a diminuição do estrogênio e da progesterona, estes sintomas são:
1. Distúrbios no padrão menstrual que incluem anovulação e redução da fertilidade, irregularidade e diminuição ou excesso do fluxo menstrual.
2. Psicossomáticos, a menopausa tem um efeito deletério sobre a saúde mental sintomas como: ansiedade, depressão, fadiga, câmbios do humor, irritabilidade, agressividade, tristeza, cefaléias, insônia e perda da memória, aparecem devido às alterações hormonais.
3. Sintomas vasomotores tais como sudorese e ondas de calor (fogachos) constituem o sintoma mais comum da menopausa e ocorre na maioria das mulheres. As ondas de calor geralmente são descritas como sensações de intenso calor interno, acima do esterno acompanhadas de sudorese e calafrios; 80% das mulheres apresentam sudorese noturna, a sudorese é mais frequentemente relatada na face, no pescoço, na cabeça e no tórax.
4. Alterações Urogenitais causadas pela falta de estrogênio levam à atrofia do epitélio vaginal. Desconforto e dor durante a relação sexual (dispareunia) ocasionada por menor lubrificação vaginal. Outros efeitos indesejáveis ocorrem no nível da uretra e da bexiga, causando dificuldade de esvaziamento da mesma, vontade frequente de urinar acompanhado de dor e ardência, constituindo o chamado Síndrome Uretral, muitas vezes confundido e tratado como infecção urinaria, tratamentos sempre sem sucesso.
Estes sintomas não representam ameaça à vida, mas são muito desagradáveis.
A queda na produção do hormônio estrogênio aumenta ainda risco de doenças cardiovasculares, uma vez que ele atua na proteção do coração e dos vasos sanguíneos evitando a formação de placas que obstruem os vasos, o estrogênio mantém os níveis do bom colesterol, chamado de HDL.
O declínio do estrogênio também encontra-se ligado à Osteoporose, que significa “OSSOS POROSOS”, é a perda acentuada da massa óssea, aumentando a fragilidade dos ossos e incrementando o risco de fraturas, principalmente no nível da coluna vertebral, fêmur, quadril e punho.
A queda da produção do hormônio progesterona, por sua vez, interfere nas secreções liberadas pelo endométrio (parede interna do útero), na libido, na queda do tônus muscular e resulta numa menor proteção contra o câncer de mama e contra a depressão.
Observemos a seguinte informação: No ano 1000 a.C., a expectativa de vida da mulher era de 28 anos. No ano 100 a.C., a sobrevida esperada era de 25 anos. Em 1900 de nossa era, a longevidade não ultrapassava os 50 anos. No ano 2000 a sobrevida da mulher era de 79,7 anos e a do homem de 74,3 anos. (Center for Diseases Control and Prevention 2004) (Centro Para Control e Prevenção de Doenças 2004).
Com estas considerações entende-se porque da procura de tratamento nos Serviços de Saúde no Brasil e no Mundo por parte das mulheres com queixas relacionadas com a menopausa.
TRATAMENTO
O tratamento é bastante amplo e envolve medidas que orientam a mudanças no comportamento e hábitos de vida, como: dieta saudável, evitar o tabagismo e o excesso de bebidas alcoólicas assim como evitar o sedentarismo estimulando atividades físicas regulares e adequadas para cada mulher. Quando necessário, deve instituir um suporte psicológico com apoio.
A terapia de reposição hormonal com estrogênio e progesterona, na ausência de contraindicações, deve ser instituída individualizada, no inicio da falência ovariana.
As finalidades da terapia hormonal na menopausa são:
1. Tratamento da sintomatologia da carência de estrógenos, incluindo sintomas vasomotores moderados e intensos (ondas de calor, fogachos), sonolência, letargia e depressão.
2. Tratamento da atrofia urogenital e ressecamento vaginal, com o uso de cremes e geléias vaginais com estrogênios que facilitarão a atividade sexual.
3. O tratamento da osteoporose é orientado a prevenir fraturas, aumentar a massa óssea e aliviar os sintomas nos pacientes com fraturas.
4. Assegurar melhor qualidade de vida para a mulher.
É inegável que a terapia de reposição hormonal é muito útil para algumas mulheres, no entanto existem contraindicações que devem ser cuidadosamente avaliadas tais como risco de trombose, câncer de mama, endométrio, motivo pelo qual o tratamento deve ser individualizado para identificar qual é a necessidade hormonal da paciente, quais são os fatores de risco e os antecedentes familiares de cada mulher.
Para muitas mulheres a terapia de reposição hormonal tem sido uma boa resposta, elas irão sentir-se tão bem que não aceitarão a recomendação de seu médico para interromperem o tratamento.
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