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Helicobacter Pylori; boletim médico do Dr. Luis Valdez

O Helicobacter Pylori (H.pylori) é uma bactéria que vive no estomago sendo responsável pela infecção bacteriana crônica mais comum em todo o mundo.

Esta bactéria habita a superfície da mucosa gástrica, sem invadi-la. Esta associada a gastrite crônica, as ulceras, ao adenocarcinoma gástrico e ao linfoma gástrico.

E importante a descoberta de que à antibiótico terapia para erradicação do H. pylori pode prevenir o desenvolvimento de adenocarcinomas gástricos e curar os linfomas gástricos.

Quase a metade da população mundial está cronicamente infectada pelo H. pylori.

 Acredita-se que a infecção seja transmitida de pessoa a pessoa, principalmente pela via gastro-oral. A maior parte das infecções e adquirida na infância, antes dos cinco anos de idade, a partir de fonte familiar.

A infecção por H pylori desencadeia uma robusta resposta imunológica, o que resulta no desenvolvimento de gastrite crônica ativa na maioria dos indivíduos infectados.

O desenvolvimento da doença ulcerosa ou do câncer depende da complexa interação entre a genética do hospedeiro, os fatores de virulência, a dieta e o ambiente.

A maioria das pessoas infectadas apresenta gastrite leve, sem manifestações clínicas.

A gastrite predominantemente antral o seja a que se localiza na parte final do estomago esta associada a ulcera péptica.

A gastrite do corpo e correlacionada com a metaplasía intestinal e com o adenocarcinoma gástrico.

 (metaplasia intestinal significa a substituição do epitélio gástrico por epitélio intestinal)

QUADRO CLINICO

As principais doenças associadas a infecção pelo H pylori são: 1) a gastrite crônica, 2) a ulcera péptica, 3) o adenocarcinoma gástrico e 4) o linfoma não Hodgkin.

A maioria dos indivíduos infectados por H.pylori apresenta gastrite ativa crônica assintomática. A dispepsia é a principal característica da infecção sintomática.

A dispepsia é definida como:

– a sensação de dor tipo azia ou queimação ou desconforto na parte superior do abdômen.

– Sensação de plenitude pós- prandial.

 – Saciedade precoce (definida pela incapacidade de terminar uma refeição de tamanho normal).

– Dor epigástrica ou queimação.

A infecção inicial acompanhada por gastrite aguda é autolimitada, mas pode causar desconforto, halitose, náusea e vômito. A acloridia freqüentemente se desenvolve em 1 a 6 meses. (Acloridia significa diminuição o desaparecimento do acido clorídrico no estomago).

O H. pylori é a mais importante causa de úlcera péptica e esta implicado em 75% das ulceras gástricas.

O risco total de desenvolvimento de úlceras em um individuo infectado varia entre 5% e 20%. A doença ulcerosa ativa pode causar dor epigástrica, náusea, vômitos e, se complicada, hemorragia ou obstrução.

A detecção da infecção e o tratamento são fortemente recomendados em pacientes que possuem ou já possuíram ulceras péptica.

Os pacientes com câncer gástrico ou desenvolvimento de Linfoma MALT  (MALT = TECIDO LINFOIDE ASSOCIADO A MUCOSA) relacionado com o H. pylori geralmente apresentam sintomas não específicos até que o tumor seja suficientemente grande. Embora a etiologia do adenocarcinoma gástrico seja multifatorial, a participação da infecção pelo H. pylori foi comprovada mais não  é necessária  ou suficiente.

Diversos estudos sugerem que em quase 80% dos pacientes com tumores de baixo grau a antibioticoterapia leva à remissão da neoplasia.

Abordagem Diagnostica

O quadro clínico clássico e de dor epigástrica episódica em queimação, que pode irradiar se para o dorso. Tem alivio com alimentação e antiácidos. O paciente pode acordar a noite com dor, alem de apresentar náuseas e vômitos, mesmo sem obstrução.

O diagnostico definitivo e obtido por meio de endoscopia e biópsia que e encaminhada para os estudos histológicos e testes rápidos de uréase.

Dr-Luis-ArtigosTRATAMENTO

O tratamento ideal da infecção por H pylori requer a administração de um inibidor de bomba de prótons (IBP) e dois antibióticos por 10 a 14 dias. O tratamento deve ser oferecido a todos os pacientes que apresentam resultados positivos aos exames diagnósticos.

A não erradicação e freqüentemente ocasionada pelo não cumprimento do paciente com o tratamento, ou da resistência da bactéria ao antibiótico. Os pacientes devem estar cientes da importância da realização completa do tratamento.

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