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Presidência sem liderança: Ronildo é derrotado por pares ao tentar mudar Orçamento Municipal e endurecer flexibilização no remanejamento

Na votação da Decoração Natalina, vereadores também votaram contra os anseios do presidente

A 10ª sessão extraordinária desta segunda-feira, 20, impôs mais uma derrota nas pretensões do presidente da Câmara de Vereadores de Vilhena, Ronildo Macedo (PV).

Na sessão foram deliberados três Projetos de Lei que estabeleceram os rumos do Orçamento Municipal para 2022, que está estimado em R$ 365.332.545,67 (trezentos e sessenta e cinco milhões, trezentos e trinta e dois mil, quinhentos e quarenta e cinco reais e sessenta e sete centavos).

A sessão se prolongou devido a emendas aditivas e modificativas que, em resumo, modificam o Orçamento, mudando o rumo dos gastos. Tais modificações foram propostas em sua maioria por Ronildo Macedo.

Uma delas, solicitava o remanejamento de uma verba de R$ 2 milhões que seria retirada da Secretaria Municipal de Obras e colocada na Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A propositura foi rejeitada pelos vereadores. Só votaram a favor de Ronildo os vereadores Vivian Repessold (PP), Dhonatan Pagani (PSDB) e Pedrinho Sanches (Avante).

A tentativa malsucedida foi criticada pelo vereador Samir Ali (Pode): “Quem é o ordenador de despesas é o Executivo, eu mudo e o Executivo que veja como que faz. Tem que ser através do diálogo e um entendimento de ambas as partes. Eu vou melhorar o Meio Ambiente e vou tirar aqui da Obras porque eu defini. Não é assim que se contrói o Meio Ambiente, essa é a minha visão, esse é o meu entendimento e eu sei perfeitamente as necessidades de investimento nas secretarias. Nunca vi bons resultados através de pé de guerra, briga e picuinha. O que de fato vai melhorar o orçamento das secretarias são entendimento, diálogo, conversa e luta por parte desta casa, e para isso podem contar comigo”, asseverou.

Outra mudança proposta por Ronildo foi a emenda modificativa nº 003/2021 na que ele tentou diminuir o limite de remanejamento do Orçamento Municipal, por parte do Executivo, de 3% para 2%. Desta forma o Executivo teria menos flexibilidade orçamentária para viabilizar alterações necessárias, sem a necessidade da autorização dos vereadores.

A emenda foi rejeitada, novamente, pela maioria dos vereadores. Só votaram a favor da proposta de Ronildo, os vereadores Sargento Damassa (Pros), Professora Vivian Repessold, Dhonatan Pagani e Pedrinho Sanches.

O vereador Wilson Tabalipa discutiu a proposta: “Sou favorável aos 3%, porque tudo passa pela CPL, tudo o que é comprado e licitado. Tem transparência. O papel do vereador é legislar e fiscalizar e tudo passa pela CPL (Comissão Permanente de Licitação) e pelos órgãos de controle TCE e MP”.

Sami Ali também se pronunciou: “Sobre os 3%, entendo que não é um cheque em branco ao prefeito, até porque tudo tem que ser publicado no Diário Oficial por isso não há nada que não possamos fiscalizar. Acho positivo, por uma questão de emergência, onde não haja uma sessão próxima. A maior prova, é que você (presidente) vai apresentar um requerimento de gastos e, com certeza, vamos aprovar amanhã, que vai te dar acesso a todos os gastos realizados dentro da margem dos 3%”, afirmou.  

MAIS DERROTAS

Poderia se dizer que a maioria vereadores votaram a favor do Executivo, mas a votação da Decoração Natalina joga essa tese por água abaixo.

Na época, Ronildo Macedo foi a favor da Decoração Natalina, de autoria do Executivo, que estava prevista em R$ 1,3 milhão, porém votaram contra os vereadores Sargento Damassa, Zeca da Discolândia, Zezinho da Diságua, Vivian Repessold, Dhonatan Pagani e Pedrinho Sanches.

Ronildo Macedo vem enfrentando dificuldades para levar adiante as suas propostas, o que torna evidente a falta de liderança, mesmo tendo o poder da presidência em mãos. 

Assista à sessão clicando AQUI.

Da redação do Rondônia em Pauta




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