Buscas acontecem em oito estados (AC, AM, ES, MT, MS, PR, RO e SC) e no Distrito Federal.
A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (15) mais de 100 mandados de busca e apreensão contra apoiadores radicais do presidente Jair Bolsonaro (PL) suspeitos de organizar atos antidemocráticos.
A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e é relacionada à investigação sobre atos antidemocráticos contra o resultado das eleições.
A TV Globo apurou que o número de mandados pode passar de 100. Também foram autorizados mandados de prisão. Além disso, há ordens de:
bloqueio de contas de investigados;
quebra do sigilo bancário de investigados.
Um dos alvos é o deputado estadual Carlos Von (DC-ES). Outro é o também deputado estadual Capitão Assunção (PL-ES). Os nomes dos alvos da operação não haviam sido divulgados até a última atualização desta reportagem. Ao todo, no Espírito Santo, foram 4 prisões.
A TV Globo registrou o momento em que, no Mato Grosso, Rafael Yonekubo, Analady Carceiro e Adaviso Azevedo da Silva chegaram à delegacia para prestar depoimento.
Segundo a PF, a operação foi deflagrada em razão dos bloqueios ilegais em rodovias contra o resultado das eleições.
Os mandados de busca são cumpridos em sete estados (Acre, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e Santa Catarina) e no Distrito Federal.
Em Santa Catarina, por exemplo, são cumpridos 15 mandados. Em um dos locais, ainda não informado, a PF apreendeu 11 armas, entre as quais submetralhadora, fuzil, rifles com luneta e munições – o que policiais consideraram um arsenal. Não havia ninguém no momento da apreensão.
Na noite anterior à operação, um grupo bloqueou uma rodovia federal com pneus queimados e “miguelitos” em Santa Catarina. O ato foi considerado “terrorista” pela Polícia Rodoviária Federal.
Em 17 de novembro, Alexandre de Moraes já havia determinado o bloqueio de bens de 43 empresas e pessoas suspeitas de financiar os atos antidemocráticos. A maioria delas é de Mato Grosso.
Ainda não se sabe se os alvos da decisão estão entre os alvos da operação desta quinta-feira (15).
Por Wellington Hanna, Márcio Falcão e Isabela Camargo, TV Globo e GloboNews — Brasília