Samir disse que se em um ano “turma que está criticando” tiver resolvido todos os problemas, renunciará ao mandato
Ainda em entrevista ao Programa do Noel, da RedeTV!, o presidente da Câmara de Vereadores de Vilhena, Samir Ali, lançou ‘desafio’ ao prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro de Miranda Junior, e à Santa Casa de Misericórdia de Chavantes: garantiu que se em um ano tiverem resolvido todos os problemas que apontam, renunciará a seu mandato.
A declaração veio como resposta a um telespectador, que enviou pergunta aos apresentadores. O questionamento foi: “Gostaria de perguntar ao vereador se o trabalho dos vereadores é fiscalizar. Porque eles não fizeram o trabalho deles e deixaram chegar a esse ponto, e só agora vieram fiscalizar, sendo que vocês tinham conhecimento da situação e não fizeram nada para não chegar a esse ponto”.
Samir começou a resposta lembrando que os vereadores fizeram fiscalizações, propuseram CPI e chegaram a ‘dar’ R$ 300 mil para a Prefeitura resolver a lavanderia.
“Então, o seguinte. Eu vou fazer um compromisso aqui agora. Vamos esperar um ano, um ano, eu quero ver se quem tá falando que a situação no hospital tá nessa situação vai resolver todos os problemas da cidade. Eu quero ver se quem tá criticando agora vai ter, daqui um ano, uma cidade dos sonhos como eles estão cantando. Com a economia da Câmara nós colocamos R$ 300 mil pra lavanderia. Foram inúmeras as cobranças, eu busquei entrar com uma CPI contra o secretário de saúde na época, que eu achei que não tava no caminho certo do trabalho. A gente fez inúmeras convocações de secretários, nós cobramos os secretários inúmeras vezes. Cabe ao gestor executar, cabe ao gestor. Mas eu não tô aqui para colocar a culpa no gestor passado também não, Noel, não tô”, afirmou.
Na sequência retomou o raciocínio e lançou o “desafio” que elencou como “compromisso”. Disse que não existe “Salvador da Pátria”, ao deixar implícito que nem a Prefeitura nem a Santa Casa de Misericórdia de Chavantes conseguirão resolver os problemas que apontaram em diversas entrevistas, postagens e matérias.
“Vamos fazer o compromisso agora: daqui um ano eu quero ver a Vilhena que essa turma vai construir. Aí eles construindo a Vilhena dos sonhos, aí, realmente, aí eu tenho que pedir para sair, aí eu tenho que deixar o mandato de lado, porque realmente aí quem tá errado sou eu, quem não sabe nada de política sou eu, quem não tá preocupado com as pessoas sou eu. Então deve ser isso, porque não pode ser de outra forma. É muito fácil criticar, agora executar tá aí, já tem gente reclamando e vai ter sempre pessoas reclamando. A gente no serviço público, isso eu sempre preguei, eu nunca quis pagar de ‘Salvador da Pátria’, eu nunca quis, nunca foi minha intenção. Eu não sou herói, eu não sou herói, eu não sou o ‘melhorzão’”, assegurou.
Samir enfatizou ainda que a responsabilidade da Saúde é compartilhada com Governo do Estado e União, junto da Prefeitura, e que essas esferas devem trabalhar juntas. “Então eu acredito que a política vai aos poucos avançando. É essa política que eu acredito: todos os dias eu vou trabalhar um pouquinho para melhorar um pouquinho. É dessa forma que eu pretendo fazer e eu acho que é assim que faz. A gente daqui a alguns anos, talvez eu nem seja mais político, eu nem esteja mais na política, nós possamos de fato oferecer um país melhor. Saúde melhor, de qualidade não depende só do município de Vilhena, a saúde ela é dividida entre Município, Estado e União. Então, assim, que todos os poderes, todas as esferas, possam trabalhar e avançar um pouco a cada dia, a cada ano, para que nós possamos no futuro ter uma saúde melhor. Mas não esperem um ‘Salvador da Pátria’, porque com toda certeza, lá na frente, você vai se decepcionar”, completou.
Da redação do Rondônia em Pauta
